Tática burra de Sylvinho afunda Timão

Foto: Stephan Eilert/Ceará SC

Quando um time entra em campo mal escalado e com uma tática burra, dificilmente ganha um jogo. É assim que pode ser analisada a derrota do Corinthians para o Ceará por 2 a 1, nesta quinta-feira, na Arena Castelão. E com direito a levar gol do pé de rato, Yony González, o da vitória aliás. O outro do Vozão coube a Vina. Para o Timão, Roger Guedes diminuiu. A sorte é que o Santos venceu o Fortaleza,  2 a 0, na Vila Belmiro, e oTimão se manteve no G4.

Sylvinho é realmente irritante. Do nada, resolveu poupar Renato Augusto, Fábio Santos e Willian. E teve peito para escalar Luan, ao lado de Du Queiroz e Gabriel. O tal camisa 7 errou todos os passes, não conseguia segurar a bola e acionar os atacantes, no caso Roger Guedes, Jô e Gabriel Pereira. Como se vê, escalou errado.

VINA NA REDE

Faltando quatro jogos para o término do campeonato, para quê poupar? E não durou muito para os erros na definição da equipe terem consequências graves. Vina bateu e Cássio pegou. Na saída de bola, goleiro corintiano errou na reposição. Jogador cearense recuperou e rolou para Vina. Desta vez, ele chutou no canto esquerdo e abriu o placar, 1 a 0. Outra falha de Cássio. Mas estava escrito nas estrelas. Uma tragédia anunciada.

Ceará do treinador Tiago Nunes, ex-corintiano também, recuou, chamando o Timão para o ataque. Equipe alvinegra, porém, mostrava lentidão e não oferecia perigo. Gabriel Pereira, então, disparou para a meta adversária. Fernando Sobral fez falta no limite da grande área. Roger Guedes cobrou na barreira.

GOLEIRO SALVOU

Du Queiroz lançou GP, que deu para Roger Guedes e saiu para receber. GP fuzilou e o goleiro João Ricardo fez defesa “milagrosa”. Corinthians cresceu na partida mais pelas deficiências do adversário e ameaçou. Roger Guedes aproveitou sobra pela esquerda e de novo arqueiro pegou. Outra falta perigosa. Guedes bateu, tocou na barreira e Gil pegou de volei. Quase o empate…

Ceará era uma equipe sem padrão de jogo definido e, empurrada por mais de 40 mil torcedores, atuava na base do entusiasmo e da correria. Mesmo mal escalado, Timão parou em João Ricardo quando chegou ao ataque. Ou seja, dava para chegar a um bom resultado. O problema era um só: o que estaria passando na cabeça de Sylvinho? Meus Deus!

CAIU A FICHA

Nada de mudanças na equipe alvinegra no intervalo. Sylvinho insistiu no mesmo time, nos mesmos erros, na mesma “tática”. Luan no mesmo pique, um “morto” em campo. Quase um “zumbi”. O melhor jogador do Ceará, Vina, pediu para sair. Teria sentido a coxa. Jorginho entrou. Equipe da casa se desarticulou e deu espaços para o Alvinegro, principalmente no meio campo.

Demorou 15 minutos para ficha cair para Sylvinho. Saiu Luan para entrar William. E foi embora Du Queiroz para chegada de Renato Augusto. Ceará parava o Timão com muitas faltas e encontrava dificuldades para contra-atacar. As substituições foram corretas, mas demoravam para encaixar.

NUNES DÁ NÓ EM SYLVINHO

Tiago Nunes, esperto, abriu o jogo nas costas dos laterais corintianos e levou perigo sim. Veio Gustavo Mosquito no lugar de GP. Renato Augusto foi à linha de fundo, cruzou e ninguém aproveitou. Fagner cruzou para Jô. O 77 testou no meio do gol, sem perigo. Timão levava alguma vantagem pela diferença técnica dos jogadores. Porém, em termos táticos, Tiago Nunes dava um baile em Sylvinho.

Marcação cearense dava poucas opções para os corintianos, que ficavam girando a pelota para um lado e outro do campo sem finalizar. Fagner deixou o gramado e veio João Pedro. Foi embora João Vitor e chegou Vitinho. Willian disparou pela esquerda e acionou Roger Guedes. Atacante driblou o zagueiro e bateu no alto, 1 a 1. Mérito total do talento dos dois jogadores.

VINGANÇA DE GONZÁLEZ 

Descida pela direita de Igor, Yony González subiu livre de cabeça e desempatou, 2 a 1. Falhas de João Pedro e Cássio. Mais ainda de Sylvinho, que sacou Fagner sem maiores motivos. Foi a lei do ex, sempre implacável. González teve uma passagem ruim pelo Corinthians e foi enxotado de lá. O hermano vingou-se.

Escanteio cobrado por Willian, Gil desviou de cabeça e Mosquito chutou por cima. Uma derrota de total responsabilidade de Sylvinho, que armou uma tática sem pé e nem cabeça. Escalou errado e sacou Fagner. É um desastre como técnico.

E assim caminha a mediocridade…