Tricolor para na ressaca do Furacão

Foto: Rubens Chiri

Quem esteve no Morumbi crente que veria uma bela e retumbante vitória do São Paulo, nesta quarta-feira à noite, perdeu a viagem. O jogo contra o recente campeão sul americano, Atlético PR,,  terminou sem gols. Equipe do técnico Rogério Ceni apresentou esforço, dedicação e criou vários lances perigosos. Porém, mesmo de ressaca da conquista sobre o Bragantino, time de Alberto Valentim foi guerreiro e soube contornar o ímpeto são-paulino, que ainda segue ameaçado pelo rebaixamento. Que dureza! Furacão já está na Libertadores 2020.

Sem perdão, nem choro e nem vela, muito menos fita amarela. O Tricolor começou a partida a mil por hora. Empurrou o Furacão para trás e fez um forte cerco ao assustado adversário. As oportunidades foram surgindo. Rigoni desceu pela direita e cruzou. Calleri, logo a um minuto, chegou atrasado.

MERECIA VERMELHO

Dupla de ataque escolhida pelo técnico Rogério Ceni funcionava muito bem. Carelli deu para Rigoni, que tentou tirar do goleiro. Santos, ligado no lance, defendeu no reflexo. Argentinos em jornada inspirada. Rigoni deu trabalho duas vezes para o Furacão. Na primeira, pelota triscou o poste direito. Na sequência, Santos salvou de novo.

Reinaldo, então, deu pegada violenta em Renato Kaiser. Só levou amarelo. VAR nem se manifestou. Era sim lance para expulsão. Erro feio da arbitragem. Kaiser teve de ser substituído e chegou a chorar de dor, já realizando tratamento de gelo no banco de reservas.

CENI TIROU REINALDO

Tricolor era bem melhor. Ótimo acerto de passes, triangulando e dando trabalho para Santos. Na pressão, Reinaldo disparou pela esquerda e cruzou. Gabriel Sara desviou de cabeça e zagueiro Arboleda concluiu mal. Pelo menos três gols feitos  foram desperdiçados pelos são-paulino. Meta guarnecida por Santos estava “encantada”.

Ceni, esperto, sacou Reinaldo e colocou Leo Pelé. Tirou Marquinhos pôs Benitez. Técnico tricolor assinou embaixo da jogada desleal e irracional do lateral em Kaiser e resolveu pela saída do bruto. Arbitragem livrou a cara do são-paulino. Atleticanos seguiram inconformados.

BATEU CANSAÇO

Com a entrada de Léo Pelé, esquema 3-5-2 ficou mais definido. O tempo passava e o São Paulo apertava. Ceni  acreditando na famosa “lei do ex”, apostou em Pablo. Atacante, lançado, dividiu firme com Santos, mostrando fome de bola. Jogo, de repente, ficou morno. Furacão controlou bem as ações defensivas a até se atraveu a atacar.

Pelos lados tricolores, bateu um cansaço evidente e o ritmo caiu bastante de intensidade. São Paulo corria contra o relógio e o Atlético PR se preocupou apenas em administrar o empate. Ceni queimou os últimos cartuchos com Vitor Bueno e Orejuela. De nada adiantou o esforço tricolor. Empate sem gols e fim de conversa.

E tenho dito!