Brasil dá olé e faz churrasco uruguaio

Seleção Brasileira goleou o Uruguai em Manaus (Foto: Divulgação/Lucas Figueiredo)

O Brasil voltou aos velhos e bons tempos. Fez um “churrasco” do Uruguai, com direito a “olé. Uma exibição magistral que terminou 4 a 1, na noite desta quinta-feira, na Arena Pantanal, na Amazônia, diante de 12 mil 528 fanáticos torcedores. Neymar jogou demais e marcou um golaço (de numero 70). Porém, o jovem Raphinha se destacou, sendo autor de dois belos gols e já assumindo o papel de protagonista da equipe. Gabigol também desencantou. E se não fosse o goleiro Muslera, seleção teria feito outros quatro, pelo menos. Equipe lidera as Eliminatórias para Copa do Qatar com 31 pontos.

Os uruguaios, coitados, não viram a cor da bola no primeiro tempo. A seleção deu um show. Aplicação tática sem igual, com jogadores livre, leve e soltos, donos de dribles sensacionais e muito objetivos. Principalmente com Lucas Paquetá pela esquerda e o jovem Raphinha pela direita.  Pelo meio campo, Fabinho tomou conta do território, o que possibilitou mais liberdade para o surgimento do talento do jogador brasileiro.

GOLS

Tudo começou com Neymar. De repente, chutou de média distância e goleiro encaixou. Fred desceu pela direita, Neymar matou no peito, fintou o Muslera e bateu para as redes uruguaios, 1 a 0. Gol de número setenta do camisa 10 (agora está a oito de Pelé). Lucas Paquetá driblou zagueiro como se fosse um ponta-esquerda e rolou para Neymar, que bateu forte. Arqueiro rebateu e o menino Raphinha mandou bala, 2 a 0.

Gabriel Jesus poderia ter feito o terceiro se não fosse tão cheio de onda. Pensou que era “Pelé”. Para os uruguaios, apenas duas finalizações de fora da área, com Bentancur e Nantes. Muslera teve muito trabalho. Salvou gols certos de Neymar e Raphinha. A tradicional Celeste, aguerrida e também violenta, estava irreconhecível. Perdia calada, sem o famoso “sangue nos olhos”.

GOLEIRO SALVOU

Neymar disparou pela esquerda e rolou para o meio. Raphinha fez o corta luz e Gabriel Jesus bateu para fora. Poderia ter saído mais gols. Muslera salvou três tentos e sobrou preciosismo para atacantes da Canarinho, preocupados em dar espetáculo para o público, que foi ao delirio.

O técnico Tite tinha duas alternativas na etapa final. Ou massacrava o débil adversário ou segurava o time, administrando a vitória. Brasil,  como se esperava, foi para cima. Gabriel Jesus e Raphinha pararam nas mãos do tal de Muslera, com Lucas Paquetá também ameaçando.

PALMAS PARA RAPHINHA 

Uruguaios até fizeram um gol com Cavani, porém atacante foi pego na “banheira”, com sabonete e toalha. Muito impedido. Neymar, então, enfiou para a direita. Bola foi rolada para Raphinha que, desta vez, bateu cruzado, sem perdão, 3 a 0. Paquetá e Gabriel Jesus deram lugar para Antony e Gabigol.

De cara, a dupla funcionou. Antony desceu pela esquerda e cruzou. Gabigol bateu de primeira e Muslera fez “milagre”. Neymar deixou Gabigol cara a cara com o goleiro. O flamenguista perdeu inexplicavelmente. Torcida, enlouquecida, gritava “olé, olé, olé”.

Luizito Soares, de falta, descontou para o Uruguai, 3 a 1. Cruzamento veio da direita de Neymar. Gabigol fez um gol de cabeça. VAR entrou em ação,  revisou e confirmou, 4 a 1. Entraram Everton Ribeiro, Douglas Luiz, Gabriel e Edenilson. Jogo virou um treino de luxo. Raphinha deixou o gramado aplaudido. O melhor da seleção, sem dúvida. Vitória maiúscula da equipe de Tite, líder absoluta das Eliminatórias.

E tenho dito!