Garoto Marquinhos classifica São Paulo

Foto: Marcelo Endelli / POOL / AFP

O São Paulo surpreendeu o mais otimistas dos torcedores ao conseguir uma classificação histórica para às Quartas de Final da Libertadores, vencendo o Racing por 3 a 1, na noite desta terça-feira em Alvellaneda, no estádio El Cilindro, na Argentina, depois de 16 anos. Além de cair um incômodo tabu, uma revelação da base acabou com o jogo. Marquinhos, de apenas 18 anos, fez um golaço e participou dos outros gols, de Rigoni. Agora o incrível Tricolor Paulista espera o vitorioso entre Palmeiras e Universidad Católica, do Chile, nesta quarta-feira, no Allianz Parque.

O Tricolor foi uma equipe de atitude no primeiro tempo. Fez marcação da saída de bola, triangulou com precisão, agilidade e rapidez, explorando o lado esquerdo, com a aproximação de Marquinhos e Benitez. Por um triz, Gabriel Sara não chegou às redes adversárias depois de uma jogada articulada do meio campo. Garoto recebeu, parou, olhou a posição do goleiro Arias e bateu de pé esquerdo. Bola pegou efeito e raspou o poste oposto.

Escanteio pela esquerda, Rigoni colocou na cabeça de Marquinhos. Pelota triscou no poste esquerdo. Duas ótimas oportunidades não convertidas. Chancalay, por sua vez, alçou para a grande área. Copetti chegou um segundo atrasado. Racing tinha dificuldades de se impor nos próprios domínios.

São Paulo, embora no 3-5-2, evitava a armação ofensiva no grande círculo, um dos pontos fortes do time argentino. Porém, só conseguia levar perigo com o esforçado Marquinhos. Pela direita,  Rigoni se mostrou discreto e pouco participativo. Partida agradou pela correria e luta pela posse de bola. Às vezes surgiram jogadas mais fortes.

Em contra-ataque surpreendente, começado pelo veterano Miranda, Marquinhos penetrou pelo meio e tocou. Arias ainda desviou, pelota bateu na trave e voltou nos pés de Rigoni, que bateu sem goleiro, 1 a 0. Vantagem dava a classificação para o Tricolor. Crespo vibrou bastante, afinal Rigoni foi uma indicação dele.

Na etapa final, era esperada uma reação da equipe da casa. O Tricolor teria fôlego de manter o mesmo ritmo do tempo inicial? Eis a questão. Resposta veio na lata: Benitez roubou no meio campo e lançou Marquinhos. Garoto, com frieza, tocou no canto direito do experiente Arias, 2 a 0. Agora, a equipe hermana precisa fazer três gols. Ficou difícil. Um banho de água fria nos caras.

Copetti tentou uma virada dentro da área e mandou para longe. Embora tivesse obtido uma relevante vitória até então, São Paulo continuou no mesmo ritmo. Sem moleza para os donos da casa. Novo contra-golpe, Marquinhos deu com açúcar e com afeto para Rigoni executar os gringos, 3 a 0.

Benitez cansou e saiu para a entrada de Luan. Correa recebeu no grande círculo e chutou de primeira. Tiago Volpi pulou e não achou nada, 1 a 3. Chancalay cruzou da esquerda, Correa testou e Volpi fez um “milagre”. Rodrigo Nestor entrou e saiu Liziero. Racing cresceu naturalmente no jogo. Crespo no banco de reservas pedia calma.

Reinaldo veio para a “guerra” para Marquinhos ir embora. São Paulo mais precavido, defensivo. O técnico Pizzi, então, orientou a equipe a girar a bola e procurar uma fresta na zaga tricolor, com Arboleda e Miranda em jornada inspirada Tudo em vão. Sucesso total são-paulino no El Cilindro, derrubando uma equipe apontada com favorita inquestionável.  Ledo engano.

E tenho dito!