O único culpado pela crise do Corinthians é Andrés Sanchez

Foto: Divulgação/Rodrigo Coca

O que estaria por de trás da crise corintiana? Levar 5 a 1 do Flamengo faz a cabeça do torcedor ficar a mil por hora e levantando várias “teorias da conspiração”. E o desabafo do goleiro Cássio, na “Rede Globo”, depois da partida? Em qual contexto esses eventos se encaixam? Significam exatamente o quê? O site “Meu Timão” levantou a hipótese de que o afastamento de Duílio Monteiro Alves pesa demais. Afinal, os outros diretores do departamento de futebol não dão as caras, evitam e não passam segurança para os jogadores. Cássio, segundo a análise, também se referiu ao desleixo dos dirigentes não apenas às críticas da Fiel ou de jornalistas.

Na minha opinião existe apenas um culpado pelos vexames alvinegros: Andrés Sanchez. E não é uma “teoria da conspiração”. Ele no último ano de gestão deixou claro as prioridades. Ou seja, acertar a dívida com a Caixa Econômica, definir o naming rigths (veio a Neo Química) e se desligar completamente da construtora da Arena. Logo no começo do ano alertou para um certo desprezo com a equipe. Era formar um time para “não cair” ou chegar no máximo em sexto lugar para disputar a Libertadores 2021.

Dito e feito. Trouxe um treinador nada a ver, sem o DNA corintiano, genuinamente defensivo seguindo as escolas de Mano Menezes, Tite e Fábio Carille. Tiago tinha outro conceito de futebol na cabeça, totalmente ofensivo, e precisava de um bom elenco e de tempo para mudar as coisas da água para o vinho. Estava na cara: não ia dar certo. Deixar Coelho por sete jogos no comando técnico foi o mesmo que pular em um poço sem fundo, voar para o abismo sem fim.

Agora esta aí Vágner Mancini. Eu avisei: ele não tinha e não tem o tamanho do Corinthians. Se entendesse um pouco de Alvinegro teria sido mais humilde e entrado na retranca contra o Flamengo, não teria deixado o atual campeão brasileiro jogar. Reconhecer a força de um adversário melhor é sinal de inteligência e não de covardia. No mano a mano, do jeito que rolou, os 5 a 1 saíram de graça.

Então, o quê fazer? Só tem um jeito, ou seja, esperar as eleições. Dia 28 de novembro é o próximo mês. Enquanto isso, a bucha sobrou para os jogadores e Mancini. Terão de segurar a barra de qualquer jeito para o Corinthians não virar o turno na zona de rebaixamento.

Missão ingrata demais para um grupo sem qualidade, montado de qualquer jeito por Sanchez.

E assim caminha a mediocridade…