O goleiro da modestíssima Ferroviária, Tadeu, pegou até pensamento contra o São Paulo, nesta tarde de domingo, no Morumbi, e garantiu o resultado sem gols. A belíssima performance poderá desencadear uma crise sem precedentes. Afinal, equipe deixou o gramado vaiada pela torcida de forma implacável. Jogadores, envergonhados e cabisbaixos, nem quiseram dar entrevistas. Daí a pergunta lógica: será que o técnico Dorival Junior resistirá a tamanha pressão?

Engraçado que a Ferroviária ficou a mercê do Tricolor durante os 90 minutos. Várias oportunidades de gols foram criadas. No primeiro tempo, Tadeu já deu sinal de vida logo de cara. Cobrança de falta de Diego Souza, e o goleirão espalmou. Destaque para dois tricolores, Valdívia e Cueva. Os dois correram uma barbaridade na tentativa de se livrar na marcação, ou criando boas jogadas ou arriscando bolas chutadas a gol. Nada feito. O resto dos jogadores parecia com a cabeça na Lua.

Vaias no intervalo. E mais vaias quando Dorival resolveu sacar o “guerreiro” Valdívia genérico para colocar Nenê. No primeiro lance, ex vascaíno ficou cara a cara com o goleiro, quis dar uma “cavadinha” e tocou por cima do travessão. Os dois lance mais agudos, porém, viriam na sequência. No primeiro, Cueva recebeu de Hudson. Fintou um zagueiro e bateu no canto esquerdo. Tadeu voou como uma gato e salvou a pátria. No outro lance, bola sobrou para o tal de Paulo Bóia. Garoto juvenil fuzilou. De novo Tadeu evitou gol praticamente certo.

Situação difícil. Bicho pode pegar feio para o lado de Dorival.

E assim caminha a mediocridade…