O Corinthians recebeu finalmente o troféu de Campeão Brasileiro de 2017. Nesta tarde de domingo, no estádio de Itaquera, empatou por 2 a 2 com o Atlético Mineiro, em partida emocionante. Na verdade, nos últimos dez anos (2007 a 20017), Timão somou 11 conquistas. Três com Mano Menezes (Série B, Paulistão e Copa do Brasil). Seis com Tite (dois Brasileiros, uma Libertadores, uma Recopa, um Mundial, um Paulista). E agora dois com Fábio Carille (Paulista e Brasileiro). O legítimo campeão dos campeões. Cerca de 46 mil pessoas presenciaram uma festa histórica, com o capitão Cassio erguendo o símbolo da luta, da raça e do espírito de luta de um time desacreditado que se superou na temporada.

Belo primeiro tempo entre as duas equipes. Dois gols de falta, é verdade, porém o Timão teve mais oportunidades. Otero mandou no ângulo de Cássio, lembrando a velha e boa “folha seca”, cobrança com estilo Didi, meio campista estupendo, bicampeão mundial pela seleção brasileira em 1958 (Suécia) e 1962 (Chile). Embora esse jeito de bater na bola tenha sido criação de Cláudio Cristovam de Pinho, um dos heróis da história corintiana em 1950, me cutucou o Mestre Alberto Helena Júnior aqui do lado. A gorduchinha descrevia uma parábola e caia, caprichosa, para dentro das redes adversárias. Gol do atleticano se encaixou na pintura.

Memória santa, presente recordista. Jadson empatou também de falta. Aliás, o primeiro dessa forma do heptacampeão em todo Brasileirão. Mesmo assim, ficou a impressão de que o camisa 10 quis bater para alguém tocar de cabeça. Rodriguinho quase conseguiu. Arbitragem, porém, deu gol para o batedor. Antes, o próprio Jadson mandou no travessão de Vitor. Clayson e Rodriguinho arriscaram e Jô cabeceou para fora com perigo.

Na etapa final, Vitor evitou gol cara a cara com Rodriguinho. Porém, Marquinhos Gabriel (substituiu Camacho) recebeu pela direita, cortou para o meio e encaixou no ângulo. Golaço e de virada, 2 a 1. Cassio, um dos heróis do hepta, quase tomou um “peru”. Balbuena atrasou e o goleiro furou bem na hora de chutar. Otero obrigou Cássio a fazer dois “milagres” seguidos em cobranças de escanteio. Na terceira, não teve jeito: pôs na cabeça do artilheiro Fred, 2 a 2. Na sequência, o polêmico camisa 9 do Galo recebeu de Robinho, driblou o goleiro alvinegro e chutou na Estação Artur Alvim do Metrô.

Jô, dentro da área, girou em cima de Gabriel. Atacante reclamou de ter sido derrubado. Lance polêmico. Mas foi pênalti sim. Pé direito travou o esquerdo do artilheiro. Paciência. Técnico Carille sacou Rodriguinho e pôs Maycon. No primeiro toque, Maycon parou em Vitor. Grande defesa. Pedrinho Zumbi também veio para a festa do hepta no lugar de Jadson. Fim de jogo. Um excelente jogo, diga-se. Resultado justo. Seguiu-se a entrega da taça de campeão, muita alegria. Título merecidíssimo.

E tenho dito!