Futebol pequeno e intolerância grande…

Foto: divulgação/SCCP

Nunca o futebol brasileiro apresentou um nível técnico tão baixo quanto nos dias de hoje. Tanto assim que o Corinthians (heptacampeão brasileiro), Grêmio (sério candidato a vencer a Libertadores) e o Flamengo (deve chegar à final da Sul americana eliminando o Junior Barranquilla, da Colômbia) são apenas equipes de razoáveis para boas. Tiveram (caso corintiano) ou ainda poderão ter relativo sucesso. Com a queda do nível da bola, veio a época da intolerância. O auge desse fenômeno ocorreu no show de Bruno Mars, no estádio do Morumbi, onde o atacante Kazim foi hostilizado por um dirigente do São Paulo, Maurício Sanzi, só por ser jogador do Timão e estar em “solo são-paulino”.

Ora bolas, é o fim da picada. Kazim, ao lado de Pablo e devidas esposas, estavam no Morumbi para ver um cantor internacional de sucesso e não jogar futebol. “Uma coisa é uma coisa e outra coisa, outra coisa”, como sempre lembra o grande jornalista Juarez Soares, referindo-se ao famoso Conselheiro Acácio. Numa entrevista para a Casa do Saber, na série “Quem Somos Nós” (é fácil encontrar no Youtube), o filósofo Luiz Felipe Pondé analisa Sigmund Freud. O entrevistador questiona como o Pai da Psicanálise veria a sociedade brasileira hoje. Pondé, sem pensar muito, detona: “Seríamos histéricos e infantis para ele”.

O professor e intelectual está coberto de razão. A maioria dos torcedores e dirigentes parecem crianças mimadas. Não aceitam os fatos, vivem fora da realidade e ainda fazem birrinha, batem o pezinho quando querem alguma coisa e não conseguem. Esbravejam, gritam, ofendem, apontam o dedo, choram, julgam e acusam. No episódio Kazim teria saído uma briga feia se os seguranças do show não tivessem entrado em ação. Todo mundo quer ter razão sem saber o que é a razão. Fala de Lei sem saber o que é a Lei. É a onda da intolerância geral e irrestrita propagada pelos quatro cantos da País da Bola.

E assim caminha a mediocridade…

5 comentários

  1. Olá Chico Lang, muito bem esplainado vemos que não só as torcidas mas os dirigentes também gostam de confusões gratuitas e lamentável….

  2. MESMO SENDO SÃOPAULINO CONCORDO PLENAMENTE, NUNCA AS EQUIPES BRASILEIRAS ESTIVERAM TÃO MAL, E ESSES DIRIGENTES SÃO RIDÍCULOS.

  3. Pois e. Alguns anos atras, estive em Sao Paulo com um grupo de garotos, jogadores de futebol de Nova York. Fomos conhecer o estadio e a sala de trofeus do Morumbi. Antes de irmos ao estadio, paramos no Morumbi Shopping e alguns garotos compraram camisas de varios times de SP – Corinthians, Palmeiras, Santos e Sao Paulo. Eles resolveram vestir as camisas imediatemente e quando chegamos no estadio, antes de entrar, pediram para que tirassem as camisas dos outros times, menos as do SPFC.
    Continuei fazendo viagens ao Brasil com a garotada mas nunca mais pusemos os pes no Morumbi.
    Ninguem merece passar por um constrangimento pelo qual passamos (e eu, lider do grupo, fiquei envergonhado).
    A falta de nocao desse pessoal que gere o futebol no Brasil e incompreensivel. Do topo da piramide ate em la em baixo, tem muita gente fraca, incompetente e sem a minima visao do que e gerir gigantes do futebol brasileiro. SPFC, SCCP, SEP, SFC – tudo igual, infelizmente.

  4. Quanto o Adauto vai embora ?? É muito ruim como dirigente, é incompetente como negociador e ainda joga pra galera. Duvido q o Andrés iria perder o Pablo sem já ter contratado alguém para a posição.

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