Presidente do Conselho pediu a cabeça de Cuca no Palmeiras!!!

Serafim Del Grande (E) é muito atuante nos bastidores – Foto: Fernando Pilatos/Gazeta Press

O mais expressivo integrante da banda The Beatles, John Lennon, disse uma frase histórica a respeito dos frustrados movimentos da contracultura do século XX: “O sonho acabou”. O mesmo raciocínio serve para a torcida, dirigentes e patrocinadores do Palmeiras. Nesta sexta-feira, de forma direta e cruel, por exigência do presidente do Conselho Seraphim Del Grande, Cuca não é mais técnico do clube. No fundo, o dirigente manifestou a vontade de vários conselheiros, muitos deles ligados à torcida uniformizada Mancha Verde. Cuca passou de unanimidade a inimigo público número um nas alamedas do Palestra Itália. Mesmo com o apoio do eterno Mustafá Contursi, nada mais restou para o presidente Maurício Galiotte a não ser despachar o ex-salvador da pátria.

O Verdão teve uma temporada aterrorizante até o momento. Perdeu Paulistão, Libertadores, Copa do Brasil e corre o risco de nem se classificar no G6 ou G7 do Brasileirão. Pior: na última quinta-feira, o Verdão estava ganhando do Bahia por 2 a 0 e cedeu um empate. Quase perdeu. O velho e bom goleiro Fernando Prass evitou a virada com defesas sensacionais. Até o algoz Felipe Mello entrou na partida do Pacaembu, para o delírio de 26 mil pagantes. O volante venceu a “batalha” com Cuca, que teve de aceitar ordens superiores. Ou seja, a segunda passagem do atual técnico campeão brasileiro (Palmeiras levou título em 2016) caracterizou-se em um tremendo desastre. Uma ópera bufa de segunda categoria.

Nada deu certo. Nem as famosas superstições. A santinha protetora, a tal da calça vinho, passar a mão na careca alheia e rezas no vestiário funcionaram. Falhou a magia, a crença irracional. Fracasso de cabo a rabo. Mesmo tendo em mãos o mais caro e mais badalado elenco do futebol brasileiro. Faltou o que, então? Sem dúvida trabalho. Desta vez, Cuca tentou manter-se no cargo com o prestígio conquistado na temporada anterior e deu-se mal. Perdeu o controle dos jogadores e o respeito da diretoria.

Mas nada está perdido. Falta pouco para 2018 chegar. Talvez com outro treinador a partir de zero a “árvore de dinheiro” plantada pela Dona Leila dê bons frutos. Na atual temporada, a colheita foi murchinha demais.

E assim caminham a superstição, o mau gasto e a mediocridade…