Nada é fácil para o Corinthians. Nessa quarta-feira, à noite, os 30 mil torcedores presentes na Arena de Itaquera sentiram na pele a frase dita com orgulho pela Fiel. Graças a um gol de Balbuena, o Timão venceu o valente Cruzeiro por 1 a 0. Graças à uma defesa sensacional de Cássio (chute de Rafael Sóbis) nos acréscimos, o adversário deixou de empatar. O resultado, suado e rasgado, conseguido na base da raça e da garra, valeu a liderança do Brasileirão isolada, agora com 19 pontos. Técnico Fabio Carille, por sua vez, superou o “mestre” Mano Menezes, responsável pela contratação dele há 8 anos atrás, como observador e depois treinador de zagueiros.

Uma partida disputadíssima. A mais osso duro de roer até agora no campeonato para o Alvinegro. Na primeira etapa, Raposa fechou-se em copas. Os dois sistemas de marcação eram bem semelhantes. Talvez por isso, sem espaços parar criação, o equilíbrio foi total. O gol corintiano saiu de uma bola parada. Jadson cobrou escanteio com perfeição e Balbuena subiu sozinho para testar forte, sem apelação para o goleiro Fábio. A equipe mineira, por sua vez, viu-se neutralizada e nem chegou a incomodar o gigante Cássio.

Na etapa final, massacre alvinegro até os 20 minutos. Fábio espalmou bola com endereço certo cabeceada por Pablo. Na sequência, de novo salvou. Pablo subiu no “terceiro andar”, pelota desviou em Balbuena e, na base do reflexo, o goleiro cruzeirense tirou para longe. Aí, então, Mano fez duas alterações para mudar o ritmo da partida. Entrou o tal de Alisson, rápido e driblador, para infernizar a vida do improvisado Paulo Roberto pela esquerda do ataque. Veio também o velho e bom Rafael Sóbis.

Ábila tinha desperdiçado lance sozinho à frente de Cássio na pequena área. Talvez tenha imaginado um impedimento. No entanto, reclamou ter sofrido pênalti de Pablo e com razão. Becão puxou o hermano pela camisa e o juiz Leandro Vuaden engoliu o apito. Falhou mais ainda o auxiliar de linha, aquele atrás do gol. Daí para frente, só deu Raposa. Corinthians foi empurrado para dentro do próprio campo. Não conseguiu encaixar um contra-ataque. No tempo extra, Rafel Sóbis viu Cássio voar como um pássaro e evitar o gol de empate.

Jogo nota 9, para se ter uma ideia, embora os adversários nem fossem tão técnicos.

E tenho dito!