Depois de uma primeira fase sem convencer (dois empates diante de África do Sul e Iraque; goleada diante da Dinamarca, 4 a 0), e vitória clássica diante da violenta Colômbia (2 a 0), a seleção olímpica passou tranquilamente por Honduras, 6 a 0, no Maracanã, nesta tarde de quarta-feira. Agora, irá disputar a medalha de ouro. E aí fica a pergunta: Neymar e companhia bela estão prontos para conquistar essa medalha inédita para o Brasil?

Será que o fracasso na Copa de 2014 (um quarto lugar sem brilho) irá entrar em campo, como um fantasma maldito? Bem, esse time de Rogério Micale não tem um jogador amador, juvenil. Todos atuam em grandes equipes da Europa e do Brasil, alguns têm experiência de sobra, casos de Renato Augusto (atualmente na China) e o zagueiro Marquinhos (titular absoluto do Paris Saint German).  Sem falar em Rafinha (do Barça e filho do tetracampeão do mundo Mazinho, ou de Thiago Alcântara, no badalado Bayern de Munique.

No time do Felipão, além do desfalque de Neymar na semifinal contra Alemanha (7 a 1) e depois diante da Holanda (3 a 0), não estavam em campo os onze melhores e mais rodados do Brasil. Faltaram o goleiro Rogério Ceni, Kaká, Robinho e até Danilo. Com certeza teriam se saído melhor do que Júlio César, Jô, Bernard ou Paulinho.

Diferença mesmo está fazendo Neymar. Nos 6 a 0 sobre Honduras, marcou dois (um de pênalti). Não se incomoda mais de atuar recuado ou deixar espaços para Gabriel Jesus e Gabigol pelas laterais. O menino de ouro do Barcelona se entregou ao time, conjuga o verbo no plural. Nada de individualismos desnecessários. Cai-cai nem pensar. Ele amadureceu e hoje passa segurança para os mais novos, caso específico de Gabriel Jesus, aliás também artilheiro do jogo com dois gols. O restante do placar completou-se com gols de Marquinhos e Luan.

Muita calma nessa hora que dá para levar esse ouro sim senhor.

E tenho dito!