Até que enfim, Neymar deita e rola na seleção olímpica

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Passou da hora. Já era tempo. Até que enfim. Finalmente. Depois de ficar deitado em berço esplêndido durante um bom tempo, Neymar deu sinal de vida. Foi o grande nome da vitória do Brasil sobre a Colômbia, 2 a 0, neste sábado à  noite, na Arena de Itaquera. Marcou um gol de falta logo de cara. Provocou de forma positiva o adversário (arrumando vários cartões amarelos) e atuou para a equipe, praticamente de meia-esquerda. Vibrou com a torcida do começo ao fim. Durante os 90 minutos correu, levou cartão amarelo e chamou a responsabilidade.

E o jogo foi uma guerra na etapa inicial. Os colombianos vieram com a faca nos dentes. Caçaram Neymar de tudo quanto foi jeito. A deslealdade, então, imperou no gramado e a pancadaria correu solta. O árbitro fez o possível para não expulsar ninguém. Primeiro, chamou os dois capitães. Depois, dirigiu-se aos técnicos. No intervalo, teria conversado com dirigentes de ambas seleções. No segundo tempo, os ânimos se acalmaram e a Colômbia resolveu jogar bola. Wewerton praticou duas ótimas defesas. Ao lado de Marquinhos e Rodrigo Caio, formou uma barreira intransponível até agora (quatro jogos sem levar um gol).

Até o técnico Micale, um bonachão, esteve bem nas alterações. Tirou Gabigol e Gabriel Jesus e “fechou” a porteira dos colombianos com Thiago Maia e Rafinha. O segundo gol brasileiro foi uma pintura. O gremista Juan percebeu o goleiro adiantado e tocou com efeito, por cobertura. Um golaço. Adversário desanimou de vez e todos tiraram o pé. Agora, Brasil olímpico pega Honduras na semifinal mais confiante e estruturada. Jogadores mostram espírito coletivo, vibram com qualquer jogada e entram em campo para vencer. A chance de uma medalha de ouro tornou-se uma realidade.

E tenho dito!