Tem uma Muralha Negra no gol do líder Palmeiras…

Jailson foi autor de grandes defesas contra o Vitória
Jailson foi autor de grandes defesas contra o Vitória

“O goleiro é um desgraçado. Nem onde ele pisa, a grama nasce”. Com essa frase, lá por 1950, o jornalista Don José Cavaca definia para sempre o drama da posição do camisa 1 no futebol mundial. No entanto, graças ao arqueiro Jailson, de 35 anos de idade, pela primeira vez na carreira defendendo uma equipe de Série A, o Palmeiras conseguiu vencer depois de três jogos no jejum (duas derrotas e um empate). Ganhou por 2 a 1 do Vitória, neste domingo à tarde, no Allianz Parque. Ele foi uma aposta do técnico Cuca, que preferiu deixar o juvenil Vagner de lado por sucessivas falhas. Na Tribuna de Honra, Fernando Prass (só volta às atividades no próximo ano) aplaudiu de pé a nova Muralha Negra do Palestra.

Partida esteve difícil para o Palmeiras. Logo de cara, Jailson evitou gol da equipe baiana. Mas a defesa empolgante mesmo foi a derradeira, já nos descontos. Euller mandou uma bomba de fora de área. A bola iria entrar no ângulo. O goleiro, como um pássaro, esticou-se todo e tocou, de mão trocada, para escanteio. Por isso, teve o nome gritado pelas 30 mil pessoas presentes. Depois, deixou o campo emocionado e agradecido pelos aplausos.

E a tarde inspirada de Jailson nunca veio tão bem a calhar. O Verdão perdeu um pênalti em péssima batida de Jean. Barrios, depois de um longo e tenebroso inverno, fez o dele, em falha coletiva da defesa do Vitória. Na etapa final, Barrios sentiu uma contusão. Antes de ser substituído por Rafael Marques, percebeu Dudu aberto pela esquerda e lançou. Atacante cruzou com perfeição no pé certo de Cleiton Xavier: 2 a 0.

Cleiton Xavier, cansado, cedeu lugar a Allione. Com isso, Palmeiras perdeu o ritmo. Euller aproveitou erro de Tchê Tchê e cruzou forte. Jailson espalmou para frente, a bola tocou na canela de Thiago Martins e morreu no fundo das redes alviverdes. Vitória apertou bastante, encurralou o adversário e só não empatou graças a Jailson. Pelo jeito, nasceu um novo ídolo no velho e bom Parque Antártica.

E tenho dito!