A seleção brasileira estreou muito mal na Olimpíada. Apenas empatou com a África do Sul, 0 a 0, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, nesta quinta-feira. Na verdade, sobrou individualismo e faltou sentido coletivo para a equipe. Ou seja, o técnico Rogério Micale é “mosca morta”. E quem deveria estar orientando o Brasil deveria sim ser Tite, ex-Corinthians, e agora oficialmente o treinador da Canarinho. O time nacional está sem padrão de jogo, com atletas totalmente perdidos no gramado, longe um dos outros, deixando espaços imensos para o adversário atuar em liberdade. A África do Sul ainda teve um jogador expulso, fato pouco explorado.

Micale falou, falou e ninguém obedeceu. Molecada brasileira só tinha uma jogada: pegar a bola, ou na direita ou na esquerda, e passar para Neymar. Meio fora de forma, voltando de férias, o craque do Barcelona, da Espanha, ficou visivelmente sobrecarregado. Cansou na metade da etapa final. Carregou um “caminhão” nas costas. Assim, meus amigos e inimigos, até eu sou técnico. E olhem que a geração que entrou em campo em Brasília é excelente: Gabigol, Gabriel Jesus, Rafinha, Marquinhos, Thiago Maia e Felipe Anderson. O problema é Micale, um zero à esquerda em termos táticos e técnicos. Lembra as velhas lendas sobre Zagallo, na seleção de 1970: atirava as camisas para cima e quem pegasse, era titular.

Mesmo assim, Gabriel Jesus mandou uma bola na trave. Ainda bem. Palmeirense estava em completo impedimento e seria uma injustiça para os africanos do sul serem “punidos” por um erro de arbitragem. Pior: há tempos faltavam jogadores de categoria e qualidade no futebol verde e amarelo. Agora que eles surgiram, Tite fica na arquibancada ou pela TV comendo unhas, falando de lado e olhando para o chão, como a grande maioria da torcida nacional.

Esse tal de Micale é um fanfarrão.

E assim caminham a incompetência e a mediocridade…