Depois de ver o show de bola dado pelo São Paulo em cima do Botafogo RJ, na vitória de 4 a 2, em Brasília, fiquei na dúvida: qual Tricolor deve ser enaltecido, o de Kaká ou do presidente Carlos Miguel Aidar? Em campo, o fino do futebol. Inversões de jogadas, pouquíssimos erros de passe, gols trabalhados e bonitos de se ver.

Nos bastidores, dizem as más línguas, dívidas aumentam com empréstimos descabidos e fora da realidade brasileira. A compra de Alan Kardec, por exemplo. Aidar, que deu um “chapéu” no Palmeiras, paga juros e correção monetária por volta de R $ 2 milhões ao mês (banco emprestou R $ 23 milhões para saldar passe do atacante).

Ou seja, o técnico Muricy Ramalho arrumou o time com jogadores trazidos a peso de ouro. Já Aidar, fora de forma como cartola, inflacionou a folha de pagamento do clube. Resultado: Tricolor de bem com a torcida, dando espetáculo, mas correndo o risco de vender o almoço para pagar o jantar. Não demora vai faltar grana em caixa, salários irão atrasar e o “entusiasmo” dos profissionais muito bem pagos por Aidar poderá diminuir.

Esse é o contraste típico do futebol brasileiro atual, do pós Copa. Os custos são maiores do que os benefícios.

E assim caminham a economia esportiva e a mediocridade. ..