Tabelinha no Catar

Foto: Arquivo Pessoal

Por Alexandre Silvestre

Como em qualquer time de futebol, é preciso tempo para encontrar o entrosamento ideal. É o que eu e o meu parceiro de cobertura da Copa do Catar, Salazar, estamos fazendo.

Muita conversa, prática e correria em busca de desempenho. É fundamental o “reconhecimento do gramado”, saber onde pisamos e entender o estilo de ambos. Somos repórteres diferentes que se completam. Ele mais informativo – eu mais entretenimento.

Até os “toques” e “manias” de cada um vão se encaixando… menos o meu ronco motor V8 que tira o sono do garoto! Já ele é um doce, dormindo.

No começo, não foi fácil. Entender a cidade de Doha, a logística, o transporte, onde comer, o que comer.

A questão técnica das transmissões via internet também foi pegando no tranco. Hoje tudo funciona melhor e nós estamos mais adaptados ao equipamento.

Se nos primeiros dias parecíamos camelos carregando três malas cada no deserto do Oriente Médio, hoje (muitas vezes) saímos de casa pro batente com um mochilinha compacta.

A divisão das pautas está fluindo com naturalidade. Dividimos o serviço e compartilhamos gravações. Quando um faz a Seleção Brasileira, o outro vai atrás de algo cultural da região ou coisa do gênero.

Nas entradas ao vivo para a televisão, um cobre o outro (como um volante na subida do lateral). Gostoso mesmo é quando fazemos aquela tabelinha de respeito no ar e comemoramos juntos o triunfo.

A resenha da madrugada adentro então, nem se fale. Curtimos o mesmo tipo de som (Rock in Roll) o que facilita muito tornar o ambiente no apartamento mais agradável. Achamos ainda um oásis, sim, é o nome de um bar dentro do Centro de Mídia, no qual degustamos uma rara cervejinha após o trampo.

Subir conteúdo de bastidores para o pessoal de mídias da Gazeta é um prazer à parte. Dar publicidade à nossa convivência, seja na “concentração” onde dormimos (costumeiramente ao nascer do do sol) e mostrar o que se passa durante os nossos deslocamento e o ‘por trás das câmeras’ são situações que nos aproximam do público. Eu adoro compartilhar esses momentos.

Está fluindo bacana e, às vezes, precisamos segurar um pouco o ímpeto para não mostrar tudo! Tem coisa que, convenhamos, deve ficar entre quatro paredes. Não conto nem a pau Juvenal! (Risos).

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