O Cuiabá foi prejudicado no jogo com o juventude, pela Série A do Brasileirão, nesta 5a feira, 05/08. Antes de tudo, vale dizer que a arbitragem mudou com o VAR. De fato, pois, agora, há o denominado “delay” da bandeira e do apito, ou seja, a orientação para a arbitragem deixar o jogo seguir, mesmo entendendo que houve infração, se o lance for de iminente possibilidade de marcação de um gol ou até de um penal. É oportuno informar que esses “delays” não são apenas para faltas dos atacantes, também dos defensores, mesmo em penal.
Note-se que tal princípio serve para proteger o jogo de uma decisão precipitada e, sobretudo, equivocada da arbitragem, exatamente porque o VAR corrige os erros que envolvam gol/não gol; penal/não penal e CV/não CV.
Postos esses esclarecimentos, opinamos que o erro de Felipe Luis, além do aspecto visual (pois não houve toque no braço esquerdo do defensor) e de não fazer o “delay”, também pode estar relacionado com a gestão da Comissão de Arbitragem da CBF. Com efeito, o muito recente lance, em que Marcelo de Lima Henrique, no jogo Vitoria X Cruzeiro, igualmente marcou um penal de modo precipitado e que, imediatamente depois, o Vitória marcou um gol, deveria servir de reforço de instrução para toda a arbitragem e com alerta vermelho.
Se houve essa devida instrução, o erro de Felipe foi exclusivo, se não houve, foi compartilhado com sua Comissão de Arbitragem. No lance do Vitória X Cruzeiro, Marcelo deu sorte porque o penal foi confirmado e o gol foi marcado na cobrança. Já o Felipe Luis deu azar porque o penal marcado não foi confirmado. Ainda deve ser registrado que a aparência de infração, ainda que em lance veloz, não exclue o erro da arbitragem, que deve estar preparada para todos os desafios. Por fim, embora o Cuiabá não tenha tido um gol anulado, pois o jogo já estava parado, é imperioso reconhecer que foi prejudicado por força de uma técnica de arbitragem deficiente.