Depois de muita análise, de muito estudo, ponderação de prós e contra, a CBF, em homenagem à sua gestão de quase transparência e de quase ética, de quase respeito aos clubes, jogadores, público e imprensa, quase oito dias depois do fato, divulgou o áudio do diálogo entre o assistente Guilherme Camilo, o árbitro, Paulo César Zanovelli e o VAR Igor Benevenuto.
Antes de tudo, deve ser dito que assusta o nível de rispidez e pouca eficiência na relação de Zanovelli com os jogadores.
Depois, que se chega à inevitavel conclusão de que o gol foi realmente irregular, pois o Zanovelli concedeu vantagem na falta cometida por Caleri, do São Paulo.
Se assim foi, o Thiago Silva, como haviamos suposto em nossa coluna anterior sobre o assunto, realmente cometeu infração, ao pegar a bola com a mão, para cobrar uma falta que não foi marcada pelo árbitro, que é a única autoridade com poder de paralisar o jogo.
Gol ilegal, portanto e confessadamente.
A gravidade do erro, todavia, ficou acentuada porque Zanovelli, além de desconsiderar as informações recebidas de Guilherme Camilo, do VAR e, pricipalmente, as imagens, sequer ofereceu qualquer fundamento para sua injustificavel decisão.
Terá sido tal postura produto do pouco equilíbrio emocional revelado, em todo o evento, por Zanovelli, aguçado pela infeliz concepção de decidir rapidamente, que vai na contramão de nosso conselho, quando instrutor da CBF, no sentido de que “em momentos de crise a calma é a melhor aliada”?
Com a palavra e com a responsabilidade de evitar futuros fatos dessa natureza a Comissão de Arbitragem da CBF.