Cenas deploráveis em Corinthians x Flamengo, desse domingo, 01/09. Se é verdade que não é responsabilidade exclusiva da arbitragem, salvo quando for claramente omissa, por todos os incidentes entre jogadores do nosso pouco profissional futebol, também é fato que para não ser omisso, ainda que parcialmente, o árbitro pode e deve controlar todas as ações dos jogadores, atuando com energia e fazendo advertências verbais aos jogadores que praticarem pequenas transgressões.
E este foi o pecado de Ramon Abatti Abel no grande clássico. Com efeito, ao contrário do rigor com que agiu no incidente entre Di Yorio e João Vitor, expulsando este último, que apenas foi vítima do primeiro, no jogo da última 4a. feira entre Vasco e Athlético PR, na partida desse domingo, Abatti foi muito permissivo em relação a diversos pequenos incidentes entre vários jogadores do Flamengo e do Corinthians, inclusive momentos antes da deplorável confusão generalizada, que contribuiu para elevação da temperatura da partida.
Assim, apesar de não se poder atribuir responsabilidade exclusiva do fato a Abatti, também não se pode isentá-lo de culpa. Tudo se soma para um bom controle de jogo: pequenas advertências, ações preventivas, decisões técnicas corretas e, sobretudo, coerência de critérios, mas principalmente a condução do processo de nossa arbitragem pela Comissão da CBF, que, neste caso, errou ao designar Abatti, sobretudo para um clássico e logo após ele falhar fortemente no jogo anterior.
A responsabilidade, assim, pelo lamentável incidente foi de todos. Por fim, queremos, mais uma vez cair no lugar comum e falar dos gandulas do Corinthians que, ao que tudo indica, ainda conseguem, não se sabe como, repor bolas vazias. E a CBF nada!