Copa Libertadores – Palmeiras x Athletico PR – 06/09/2022
Expulsão de Murilo, do Palmeiras
A expulsão de Murilo, por prática de jogo brusco grave, foi correta e não requer análise aprofundada. Com efeito, a falta cometida não foi apenas de “assumir o risco de lesionar o adversário”, que é o mínimo exigido pela regra para justificar um Cartão Vermelho. Foi além, porquanto, ao lado de atingir a coxa de seu adversário com as travas da chuteira e com intensidade alta, o movimento praticado por Murilo foi claramente dissociado da direção da bola, revelando, como dito, não apenas o ato de assumir risco, mas a clara intenção de lesionar o oponente.
Se assim foi, julgamos oportuno lembrar de nossa coluna publicada em 12/08/2022, que continua à disposição do leitor, envolvendo o próprio Palmeiras no jogo com o Atlético Mineiro, em que Danilo e de Scarpa foram expulsos por faltas semelhantes.
Naquela oportunidade, indagamos o porquê de jogadores profissionais e de uma equipe de ponta do futebol mundial como o Palmeiras praticarem ações de tal natureza.
Desta feita, ao lado de insistirmos em tais questionamentos, perguntamos se os exemplos de Scarpa e Danilo não deveriam ocasionar ação específica do clube, principalmente de seu treinador, de modo a evitar repetição de atos que tais, que causam danos graves ao futebol, aos jogadores e ao próprio clube, por ser certo que a expulsão de Murilo interferiu no rendimento da equipe, sem desconsiderar a falta que Danilo fez por estar suspenso por conta da expulsão no jogo com o Atlético MG.
Ao Palmeiras o dever de enfrentar o problema institucionalmente.
Copa Sul-Americana – São Paulo x Atlético-GO – 08/09/2022
Lance 1
Gol anulado do São Paulo
A anulação do gol marcado por Calleri, do São Paulo, aos 14 min. do primeiro tempo, foi correta, pois o atacante do Morumbi empurrou o defensor adversário e o impediu de jogar ou tentar jogar a bola.
O lance, dado à clareza do empurrão e ao descortínio da jogada, deveria ter sido percebido pelo árbitro de campo, sem necessitar da atuação do VAR, que, neste caso, cumpriu bem o sem papel.
Lance 2
Pênalti cometido por Patrick
Aos 45 minutos, também do primeiro tempo, Patrick segurou de modo claro, acintoso e continuado um atacante do Atlético de Goiás e o derrubou, cometendo pênalti.
Vê-se que Patrick segurou o adversário desde o início da cobrança do tiro de canto até o instante em que o atacante já estava à sua à frente, ou seja, após ultrapassá-lo.
Desse modo, assim como o do gol anulado do São Paulo, o árbitro, até porque estava em ótima posição e com sua visão direcionada para o incidente, deveria marcar a infração sem precisar do VAR.
Desta feita, porém, além do árbitro, o VAR também falhou e de modo inaceitável, tanto pela clareza e natureza da falta como, principalmente, porque não manteve o mesmo critério adotado para o lance do gol anulado.
Conclui-se, desse modo, que os erros de arbitragem e do VAR não são exclusividade do futebol brasileiro, também do Sul Americano.
Sendo assim, ou se põem no mesmo saco da imprestabilidade os treinamentos feitos pela CBF e pela Conmebol até então, ou se atribuem os erros de arbitragem e do VAR à complexidade do futebol e/ou à incapacidade dos árbitros.
Ao leitor, a palavra final.