O Timão óbvio goleia

Corinthians venceu Santos com facilidade (Foto: Divulgação/Rodrigo Corsi)

É isso aí: sem invenções obsoletas, retrógradas, do tipo atacante na lateral-direita, três zagueiros, três volantes, essas novidades mais antigas do que a Sé de Braga que só serviram e sevem para quebrar a harmonia dos times no mais importante do jogo que é a busca ciente do gol, o Corinthians deslizou em Itaquera diante do Santos, pela Copa do Brasil.

Resultado: 4 a 0. E só porque no segundo tempo, mesmo com um a mais, o Timão afrouxou o acelerador, afora as tantas mudanças efetuadas no time sob o pretexto de poupar jogadores, sobretudo os veteranos, como William, que participou ativamente de três gols, e de Giuliano – aquele que só esquentava banco com o murruga -, autor de dois, um sem querer e  outro com categoria.

Ah, sim, houve aquele lance em que Adson sofreu falta porque fez uma firula diante do adversário. Sobrou catilinárias dos jogadores adversários, do seu próprio técnico, da crônica esportiva, enfim, aquele moralismo machistóide que aprova empurrões e puxões de camisa sob op pretexto de que se trata de um jogo de contato, mas condena à morte a tentativa de abater psicologicamente o inimigo também pela técnica e habilidade.

Esses meninos, por certo, não viram as farras que Luisinho, o Pequeno Polegar, fazia em campo. Certa vez, num clássico contra o maior rival, o Verdão, Luisinho sentou na bola diante do clássico Luís Villa, que, sorrindo, apenas afagou a cabeça do bandalho.

Cena impossível, claro, de se rever em tempos de tanto ódio e tamanha ignorância como os atuais.

Assim, calcando-se no esquema do óbvio, aquele que se baseia no princípio de colocar em campo os jogadores mais técnicos, mais criativos e ofensivos pela própria natureza, o Timão vai justificando a sua permanência lá em cima, nos calcanhares do Verdão, no Brasleirão, e abrindo caminho para a Copa do Brasil.

 

 

5 comentários

    1. Discordo, Murad, o treinador mostrou bom-senso logo no primeiro dia. Chegou sem prometer montanhas de sucesso, mas chegou com um conceito de jogo claro. Os frutos chegam lentamente, mas a culpa não foi dele. Ele é mais da escola do Abel Ferreira que muitos outros por aí. O problema foi que ele pegou uma tropa meio desengonçada que ele teve que esmerilhar. Todo treinador novo, que vem de fora, tem que experimentar. Além disto teve o problema do Jô que ele teve que contornar, primeiro lesado, depois, cansado, depois sambando e enfim dando o fora. Tudo isto não é fácil e não esqueça que por esses motivos aparentemente banais o Abel Ferreira também iniciou o Brasileiro perdendo em casa e até demorou umas rodadas para se arrumar. E acho que de todos os concorrentes a estas Taças o Corinthians é o mais perigoso para o Palmeiras, tanto no Brasileiro como na Taça Brasil. Isto não estou dizendo agora, porém já há alguns dias.

  1. O SR., não deve ser desse planeta, sobre as firulas desse pseudo profissional, vivemos outra época, valores no futebol, se mostra fazendo gols e não chutando cachorros mortos, duvido que se o jogo estivesse empatado, esse projeto de jogador fizesse o que ele fez?

  2. Caro Alberto,
    De fato, a razão sobressai em sua análise perfeita do jogo.
    Eu também concordo que o futebol é graça, paixão e, acima de tudo espetáculo.
    É onde você paga o ingresso para ver profissionais da bola (digo, no contexto geral) apresentado show, dribles, chapéus, etc.
    E, como todo espetáculo, têm que ser desta forma, ora, senão o que seria da obra de arte assistida?
    Grande abraço e saudações.

  3. Vamos com calma, gente. O Corinthians não ganhou nada ainda. Pegou um peixe morto que não está ganhando de ninguém e ainda dentro da Arena Neo Química. A Copa do Brasil vai começar a afunilar e ai haverá os grandes confrontos e ai veremos quem tem mais bala na agulha, por enquanto é só especulação. Eu admirei o mestre não falar um pouco do jogo Atlético MG x Flamengo, ele que sempre comenta algo sobre esses dois times, talvez seja pela empolgação na boa vitória do timão

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