Italia mia!

Foto: Michael Regan/AFP

Logo aos 2 minutos de bola rolando, Shaw abriu o placar em favor da Inglaterra contra a Itália, na decisão da Eurocopa, em Wembley.

Pronto! Foi o que bastou para os ingleses correrem pra trás e se esconderem sob a barricada de Londres. E a Itália passou todo o primeiro tempo tempo buscando burlar o bunker inglês, em vão, sobretudo por faltar-lhe um ponta sequer pra tentar contornar a sólida retranca adversária.

E, assim, transcorreu o segundo tempo, até que, aos 21minutos, em corner cobrado da esquerda estabeleceu-se uma confusão na área britânica, com bola na trave, defesa parcial do goleiro, e, por fim, o toque fatal do zagueiro Bonucci: 1 a 1.

Foi, então, a vez de a Itália recorrer ao velho Catenaccio, fechando-se lá atrás, enquanto os ingleses, em vão, tentavam furar o bloqueio, tema que seguiu adiante na prorrogação, até que, nos pênaltis, Rashford e Saka erraram os seus e a Itália levantou a taça.

Em síntese, foi uma decisão que contrariou o tempo atual do futebol europeu, em geral, caindo no lugar-comum de ambas as equipes mais se preocupondo em defender o resultado do que em jogar pra vencer de fato.

De qualquer forma, fez-se justiça pela campanha geral da Itália, que procurou um jogo mais ofensivo e fluente do que de hábito. Assim como um alento para os ingleses em plena remodelação de elenco.

Contudo, uma frustração pra quem esperava um jogo agradável, tecnicamente.

4 comentários

  1. Foi um jogo também de minimalistas, como a tropa do Tite, entretanto com uma diferença: Italianos e ingleses disputaram uma partida de alto nível, sem os times dependerem de um único Neymar, mas todos atacando e defendendo juntos. Típico do futebol europeu moderno é que mesmo com várias substituições os times continuam jogando no mesmo nível. Conosco, haja Deus se o Tite de repente pensar que pode tirar o Neymar no decorrer de uma partida. Como se vê, existem minimalismos (por falta de alternativas) e minimalismos (porque ambos os contraentes costuram a retaguarda com nó cego). Esse é o granito que vamos ter que morder na Copa do Mundo, pois a qualificação contra repúblicas-banana é tão certa como o amém no padre nosso.

  2. O que considero o cúmulo do topete é o Thiago Silva sair cornetando que os que torceram contra a seleção devem se abster de se fazer amigos depois e pedir ingressos ou assinaturas em camisas. Essa é a mentalidade desta tropa assustadora dirigida pelo falastrão Tite. Acham que com este desempenho ainda exista que vá pedir autógrafos. Parece que estão mesmo vivendo em outro mundo. Tenho pena dos que torceram pela seleção. Eu não vou torcer para esta seleção (sou coerente, vislumbrei a bagunça desde o início), vou esperar para torcer pela próxima, a qual espero ser dirigida por um treinador que boqueje menos e tenha a mente mais aberta para elevar o time ao nível europeu. E naturalmente (neste ponto o Romário tem toda a razão) um time onde o Neymar seja apenas um jogador e não a locomotiva que tem que carregar o time nas costas.

  3. Copiado literalmente do grande jornalista Vladimir de Mattos, no JB:

    CHORES POR MIM, ARGENTINA!
    O palco do último vexame nacional tem nome, sobrenome e endereço:
    Local: Maracanã.
    Data: 10/07/2021.
    Atores: Seleção brasileira.
    Uniforme: Camisa amarela.
    Expectadores: 535 mil pessoas.
    Pois bem, caro leitor, o cenário da vergonha foi exatamente esse: Um estádio do Maracanã (superfaturado em sua construção, como todos já sabem) com 2 mil torcedores ladeados pelos caixões de 533 mil brasileiros mortos não apenas devido ao um maldito vírus, mas também pela incompetência de um governo corrupto e negacionista que está levando o país ao caos e à destruição.

    No palco da humilhação, os atores principais: uma seleção de jogadores brasileiros que não significam nada além da pecha de covardes e mercenários, vestidos com uma camiseta amarela que também não significa nada além de representar uma CBF de abusadores sexuais, num Rio de Janeiro banhado em sangue pela ação de milicianos, jogando um campeonato que sequer deveria ser jogado esse ano, mas foi aceito por um país que também não significa nada, ou seja, o Brasil.

    Do lado de cá da telinha, 70% de brasileiros tristes e indignados com “tudo isso que está aí” e uns poucos gatos pingados que ainda acreditam na honestidade do ladrão de vacinas corrupto instalado no Palácio do Planalto e, pasme-se, vibrando porque uma rede de televisão que não significa nada “ganhou” da rede que eles próprios assistiam todos os dias até 2016 e hoje acoimam-na raivosamente de “lixo”.

    Posto isso, não precisou de muito para a aguerrida e valorosa Seleção argentina ganhar “com pena” do Brasil, pois, caso o Messi resolvesse realmente “jogar bola” (o que não aconteceu em momento algum durante o jogo), teríamos levado outra “lavada” à la Alemanha.

    Quanto a nós, brasileiros, restou escancarada a triste situação que hoje vivemos: um país insignificante perante o resto do mundo civilizado, com mais de meio milhão de mortos em razão da incompetência criminosa do atual governo corrupto e genocida, humilhado em campo pelos queridos hermanos argentinos após quase meio século sem perder uma final em casa.

    Quer mais? Nem precisava, né, mas, infelizmente, ainda encontramos gente sem um pingo de caráter que defende e apoia “tudo isso que está aí”. Afinal de contas, nossos avós já diziam que tiririca e colecionadores de bandidos de estimação “raleiam” mas nunca acabam!
    No mais, parabéns à Argentina, que jogou bem melhor que o Brasil durante todo o jogo e merecidamente ganhou o título.

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