Salvaram-se todos

Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, como diria aquele apresentador chinês de tv.

Esse empate por 1 a 1 no Dérbi serviu como válvula de escape das pressões exercidas sobre os treinadores de Palmeiras e Corinthians, sobretudo, pelo surpreendente nível técnico do jogo, fruto dos sistemas adotados pelos dois técnicos: algo mais descontraído a partir do meio de campo, com trocas frequentes de passes em vez dos chutões tradicionais do nosso futebol.

Claro, longe de ter sido um espetáculo que merecesse palmas em pé da torcida e da crítica, pois ambos tiveram muita dificuldade em traduzir esse jogo jogado em muitas chances de gol, que, afinal, é o objetivo final do futebol.

A primeira chance real surgiu logo de saída, aos 4 minutos de bola rolando, quando Rony arrancou em velocidade da sua intermediaria, pela direita, até chegar quase à linha de fundo, de onde cruzou para Wesley aparar e servir Veiga, autor de um petardo certeiro de fora da área: 1 a 0.

Mas, foi abrir a contagem e o Verdão recuou como manda a lei dos medrosos, vigente neste país há algum tempo, o que permitiu ao Corinthians assimilar o golpe e passar a jogar mais no campo adversário, coisa rara nos últimos anos alvinegros.

Coube, porém, a Scarpa o segundo lance de perigo na partida, ao disparar tiro seco de fora da área que se chocou com o poste direito de Cássio e sair.

Já no segundo tempo, aos 9 minutos, foi a vez de o Timão avançar em sucessivas trocas de passes até que Mosquito da direita cruzasse para Gabriel, eia!, na condição de centroavante concluir: 1 a 1.

Então, o Corinthians passou a pressionar mais, sem êxito, porém. Pior: levou um susto tremendo quando, lá pelos 35 minutos, o Verdão chegou envolvendo a defesa inimiga, trama que resulta no gol de William, recém substituto de Luís Adriano. Gol? Que nada, pois o VAR meteu a lupa da tecnologia e detectou uma fração do pé de Breno Lopes além da linha de impedimento permitida, na  jogada precedente.

Eis, pois, que ficamos assim nesse 1 a 1 que deverá meio que satisfazer a ambos os contendores. Enfim: cabeças não rolarão, por ora, creio. Mais adiante, quem sabe o que se passará nessas cartolas de onde não saem coelhos nem bom senso, mas apenas besteiras.

 

 

 

3 comentários

  1. Essa fração do pé do Breno Lopes que o nobre comentarista citou , captado pela “lupa” do VAR, foi o “calinho” de estimação dele kkkk…esse empate caiu como uma luva para os dois técnicos. Para o Silvynho que tem um elenco prá lá de ruim nas mãos, e para o Abel que continua o mesmo medroso , sempre colocando o time em campo para não perder. Aposto com qualquer um que os dois times estarão de mãos dadas na Sul-americana no ano que vem, e o portuga não emplaca 2022 no verdão

  2. E o Santos, hein…qualquer semelhança entre as ondas do mar e o Peixe não é mera coincidência : os dois sobem e descem com muita frequência e morrem na praia, e o santista, coitado, continua vivenciando as glórias do passado, mas, como diz o ditado, “águas passadas não movem moinho”…

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