Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, como ouvi certa vez um apresentador de tv lusitano, em Lisboa, reportando-se à queda do avião que transportava os soldados brasileiros sepultados em Pistoia de volta ao Brasil.

O Santos, ao bater o São Bento por 2 a 0 evitou a queda para a Segundona do Paulistinha, embora não chegasse à próxima fase do campeonato, e o Palmeiras conseguiu, na última rodada, sua classificação, ao vencer a Ponte, em Campinas, por 3 a 0.

Dessa forma, o Verdão agradece ao seu maior rival, o Corinthians, por ganhar de 2 a 1 do Novo Horizontino,  sua maior ameaça nessa disputa pela sobrevivência na competição, mas nem precisou dessa ajuda. Isso, porque jogou muito bem e cumpriu seu dever sem muitas dificuldades.

E tudo começou pela escalação de um meio de campo mais leve do que a habitual na era Abel com três atacantes ágeis, destacando-se o menino Giovani, grata revelação verde.

Mas, quem deu o tom da vitória foi mesmo Scarpa, autor de um golaço de abertura e das duas assistências bem aproveitadas por William e Wesley.

O que também valeu na formação desse Verdão foi a presença do lateral-direito Mayke na linha dos três zagueiros. Mais hábil e ofensivo do que a maioria dos beques tradicionais serviu de apoio frequente para o meio de campo e o ataque do seu time.

Aliás, por falar em garotos, eles tomaram conta dos gramados por esse Paulistinha afora, não só no Palmeiras mas também no Corinthians, São Paulo e Santos, o que, pelo menos, dá um certo toque de utilidade a essa competição, ao mesmo tempo em que comprova seu anacronismo, posto que, numa rodada decisiva, os grandes lotaram seus times de reservas.

Enfim, vale pela diversão e sempre é mais um título em disputa. Que sirva como campo de provas para a garotada que aí vem.