Fácil: 2 a 0

Foto: Raul Martinez/AFP

Foi mais fácil do que se esperava. Não apenas pela ausência de última hora de Suárez, o artilheiro celeste, mesmo porque não tínhamos, em contrapartida, Neymar, o craque nacional. Mas, acredite!, porque, contrariando a tradição, fomos muito mais combativos e organizados taticamente do que o Uruguai,

Resultado: 2 a 0, gols de Artur, num disparo de fora da área que desviou no beque, e de Richarlison, de cabeça, em cruzamento de Lodi.

No segundo tempo, mesmo com a expulsão de Cavani, o que retirou dos uruguaios a última centelha de gol, o Brasil não arriscou um milímetro em busca de um resultado mais expressivo no placar. Nada disso: manteve-se firme na marcação e trocando bolas no meio de campo, quando de posse da bichinha. O objetivo era claro: não dar sopa pro azar.

Tite nem mesmo se dispôs a experimentar Vinícius Jr. pela extrema esquerda, como escape em velocidade. Preferiu Cebolinha, pela direita, onde o rapaz não costuma render o habitual.

E assim o jogo escorreu pelo ralo, garantindo a liderança absoluta, invicta, do Brasil nessas Eliminatórias, o que não é  pouco mas ainda insuficiente pra quem ama o futebol jogado num plano superior.

Algo como o que fez, surpreendentemente, a Espanha, na Liga das Nações, quando impingiu na poderosa Alemanha uma goleada inusitada: 6 a 0! E olhe que só o nome do jogo – Ferrán Torres -, autor de três gols, deu-se ao luxo de perder outros três ao longo da partida.

A questão é que não foi uma goleada dessas aleatórias, quando um time dispara de repente a marcar gol atrás de gol, num momento de vacilo do adversário., Nada disso. Os espanhóis colocaram a bola no chão e dominaram os alemães de cabo a rabo, com técnica esmerada e muita velocidade.

Pra resumir: foi um baile ao som do Paso Doble, intercalado pelo mais refinado Flamenco, com os salerosos sapateando sobre o tradicional orgulho germânico.

 

2 comentários

  1. Helena, não assiti o jogo, não vi os melhores momentos e nem me interesso. A verdade é que ganhar aqui das seleções sulamericanas é uma moleza. Na copa é outra história, não me iludo e que ninguém se iluda com esse futebol pífio e retranqueiro que só melhora um pouco com Neymar.. Será que ganharia na copa, por exemplo, de uma Eespanha que meteu 6 na Alemanhã? Com esse técnico atual duvido.

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