-Bota ponta nesse time, Telê! – clamava meu querido Jô Soares o tempo todo lá pelos anos 80.
Pois, tô parecendo o Gordo nestes tempos de Palmeiras. Já fiquei surdo de tanto pedir a Luxemburgo que abrisse sua visão e seu time, escalando dois pontas típicos, em vão. Quando Luxa resolveu escalar esses dois especialistas, o Palmeiras meteu 5 a 0 no Bolívar, lembram?
Depois, deu marcha-a-ré, e acabou saindo de campo.
Agora, nesta noite de quarta-feira, o interino decidiu escalar Veron, pela direita, e Wesley pela esquerda, e, quando tirou um deles (Wesley) colocou em seu lugar Rony. Resultado: 5 a 0, com participações e gols desses carinhas.
Jogando assim, com um volante apenas, Danilo, dois meias (Veiga e Zé Rafael) e três atacantes, embora encontrasse certa dificuldade diante do Tigre no primeiro tempo, quando saiu vencendo apenas por 1 a 0, gol de Veiga em jogada de Wesley, o Verdão deslanchou na etapa final estabelecendo a goleada que marca bem a diferença entre os elencos disponíveis, sem falar na desproporção histórica.
O futebol é mais simples do que a vã filosofia dos nossos treinadores imaginam, diria o Bardo se por aqui vivesse nos dias de hoje.
Jogou contra “ninguém”.
Gostaria que fosse simples assim, botar os 2 pontas e ganhar, mas parece que o maior problema da instabilidade do time é a dificuldade de construir as jogadas com a bola no pé, a insegurança de sair jogando, de trocar passes, se livrar da marcação adiantada dos adversários. Quem sabe os 2 jovens volantes jogando junto, Patrick de Paula e Danilo, para melhorar o passe quando a bola sai jogada pela zaga.
Saudações, Mestre Helena Jr. O primeiro tempo do Palmeiras foi muito apático. Muitos erros no setor defensivo, principalmente quando tinha a posse de bola , e devido a a alguns vacilos, quase o Tigre, que pressionava no campo de ataque, conseguiu abrir o placar. O verdão dava muito espaço no meio de campo , fruto da pouca aproximação entre os jogadores. Esse foi o principal motivo pela pouca criatividade no primeiro tempo e o Palmeiras foi facilmente marcado pelo Tigre nessa etapa.
No segundo tempo foi outro jogo. Sem muito esforço, o time soube explorar bem as bolas em profundidade pelos lados do campo, usando a velocidade de Wesley, Gabriel Veron e Rony (que aos pouco está voltando a jogar seu bom futebol) . Como o mestre bem frisou em seu comentário, três gols (e um pênalti desperdiçado) saíram em jogadas pelos flancos.
Enfim, um pouco mais de dinâmica com a bola no pé, aproximação e rapidez na troca de passes ,foram suficientes para o deslanche verde. No segundo tempo isso ficou bem mais claro, com a equipe tendo muito mais “apetite” do que no primeiro tempo. Assim o Palestra (como nos bons tempos) envolveu a fraca defesa adversária e poderia ter feito mais gols, mas ficou de bom tamanho essa goleada. Quem sabe agora o time engrene nas mão do interino Andrey Lopes, e a diretoria não precise, pelo menos por enquanto, correr atrás de um novo técnico