E rodada a rodada pandêmica o Barça vai polindo a taça para entregá-la cintilante ao rival Real. Desta vez, não foi além de um empate por 2 a 2 com o Atlético de Madri.

É verdade que o pênalti a favor do Real marcado pelo juiz e que resultou no empate final parecia obra do Coiso, um fake-news sobrenatural, daqueles que parecem saídos do Samba do Crioulo Doido, onde a história do Brasil vira um carnaval de fantasias, pois Semedo sequer encostou no adversário. E não é que o VAR confirmou?

Porém, o mais importante, no caso, foi o desempenho do Barça, produto da esdrúxula formação adotada pelo técnico Settién, à beira do abismo.

Com o time encharcado de volantes e meias, sem nenhum atacante aberto por uma das pontas, pelo menos, os catalães tiveram maior posse de bola, mas não souberam colocá-la de jeito na área inimiga. Fato que neutralizou as ações dos dois mais perigosos avantes do Barça – Messi e Luisito Suárez.

Messi, enclausurado pelo meio, entre três ou quatro marcadores, jamais foi o Messi que conhecemos, a não ser nacobrança do pênalti – uma cavadinha de quebrar a espinha do goleiro. E Suárez, sufocado na grande área deserta de lançamentos e passes certos.

Quanto ao Atlético, foi o reflexo do Simeone de sempre: fechadinho lá atrás, à espera do contragolpe rápido e mortífero, caso o inimigo se distraia.

Y así pasan los dias, que, neste confinamento interminável viraram um só.