Tricolor e Verdão: avanços e recuos

Foto: Divulgação/Cesar Greco

Palmeiras, São Paulo e Santos são três dos quatro times paulistas que estão em busca de uma nova identidade. O quarto é o Corinthians, que joga neste domingo,

O Palmeiras, como demonstrou mais uma vez neste sábado, hesita em caminhar de vez na direção de um jogo mais fluente e agressivo. Tanto, que passou todo o primeiro tempo, em Limeira, sem acossar de fato a Inter, a não ser naquele disparo de Dudu que se chocou com o poste no finalzinho da etapa. E olhe que houve um pênalti não marcado a favor da Inter logo no primeiro minuto de bola rolando, embora o juiz também tenha se omitido num outro a favor do Palmeiras no segundo tempo.

Mas, isso, se é relevante na feitura do placar, pouco diz sobre o desempenho das duas equipes, já que lances isolados.

Nesse aspecto, Luxa, depois de ter dado um passo à frente, ao romper com o conceito dos dois volantes por vocação, colocando o meia Zé Rafael no lugar de um deles, voltou atrás, e começou o jogo com a dupla Bruno Henrique e Ramires, com Dudu pelo meio, a exemplo do jogo passado.

Resultado, o Verdão não teve um pingo de criatividade no meio de campo e ainda perdeu o poder de fogo de Dudu pelas extremidades do campo. Rony, pela esquerda, nada produziu, assim como William, que já provou ser mais efetivo quando entra em campo durante o jogo, não desde o início.

O Malandro, que não é bobo, logo percebeu a mancada. e, no intervalo, trocou a dupla de volantes por Patrick e Zé Rafael. Passou Rony para a direta e Dudu para a esquerda. Por fim, com a entrada de Lucas Lima, que vinha crescendo em suas mãos (inexplicavelmente, afastado do time titular), o Palmeiras ganhou leveza e certa ciência no ataque, sobretudo com as investidas de Rony. E só não chegou à vitória por essas coisas do futebol. Ainda mais que jogou com onze contra dez boa parte do jogo, só perdendo Marcos Rocha no último segundo, também por expulsão.

Foto: Divulgação/Rubens Chiri

Já o São Paulo soube se aproveitar melhor dessa situação específica, a partir da expulsão de Jobson no final da primeira etapa, quando o Santos vencia por 1 a 0, gol de Artur Gomes, aos 29 minutos, em boa trama do ataque peixeiro.

Mas, a verdade é que o Tricolor foi sempre melhor, e a expulsão de Jobson só serviu pra ampliar seu domínio no segundo tempo, quando virou o placar para 2 a 1, graças a Pablo que entrara no intervalo. No lugar de quem? Simplesmente do beque Bruno Alves. Um atacante nato em troca de um zagueiro-zagueiro.. Coisas do ousado Diniz…

Pois Pablo, aos 7 minutos, emendou sobra de bola cruzada marcando o empate e, aos 22, de cabeça deu fim a uma série de cruzamentos na área santista garantindo a vitória tricolor.

Em contrapartida, impressionou-me a renúncia santista em jogar bola no segundo tempo. Tudo bem, tinha um jogador a menos, mas só isso não justifica tamanho desprezo pela ousadia, nem que seja esporádica, aqui ou ali, que diabos! Já cansei de ver times nessa circunstâncias reagirem com denodo e coragem, a ponto até de revirar o placar adverso.

Bem, de qualquer forma, o Tricolor vai assim garantindo sua passagem à próxima fase do Paulistinha, se é que haverá Paulistinha ainda, diante do avanço de um inimigo ainda mais poderoso: o fantasmagórico vírus que vem da China.

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