Verdão e Fla: e agora?

Foto: Cesar Greco/SEP

A questão agora é saber como reagirão no Brasileirão os milionários Palmeiras e Flamengo. os favoritaços da véspera que despencaram melancolicamemnte da Copa do Brasil antes da hora, outro dia. Sobretudo, no aspecto emocional, pois, tecnicamente, seguem sendo de um nível superior aos demais.

O Verdão vai a Fortaleza enfrentar o Ceará, que, se não é nenhum portento, anda quebrando um bom galho no campeonato, mantendo-se ali um pouco abaixo da metade da tabela.

Se cavalgando os números do torneio o Verdão de Felipão já tem sido extremamente cauteloso, imagine numa situação delicada como esta em que uma derrota somada a eventual vitória do Santos diminuiria perigosamente a vantagem do líder sobre o vice.

Diante disso, um empatezinho maneiro lá até que viria a calhar pra início de descarrego da tensão atual. Isso bem que se coaduna com o espírito felipesco do time, pois atacar com esmero, à base do toque de bola envolvente, sufocando o adversário no campo adversário, essas coisas não fazem parte do repertório do técnico verde. Nunca fizeram, diga-se.

Contudo, a alta qualidade técnica do elenco palmeirense permite supor até mesmo uma vitória que deixaria o cenário inalterado na tabela do Brasileirão.

Já com o Flamengo, a situação fica mais complicada. Pegar o Corinthians em Itaquera, com a Fiel a mil, não seria moleza nem se o Rubro-Negro estivesse celebrando a ida para as semifinais da Copa do Brasil. embora, tecnicamente, o Mengo seja muito superior ao atual Timão.

Sucede que a desclassificação na Copa do Brasil, da maneira como ela ocorreu, parece ter ferido mais profundamente a alma rubro-negra do que a do Verdão. Entre outras coisas porque atingiu em cheio uma figura emblemática da equipe – Diego, o craque e o líder do grupo, por conta daquela cobrança de pênalti absurda que iniciou a derrocada flamenguista no jogo contra o Furacão em pleno Maracanã.

E, mais do que isso: a pressão da mídia e da torcida bem que pode forçar Jesus a dar um passo atrás no seu andar em direção à tal modernidade tão exigida e pouco entendida, trocando um dos meias pelo segundo volante de ofício. E Jesus terá na ponta da língua a justificativa: a contusão de Arrascaeta.

A sorte do Flamengo é que o Corinthians, a exemplo do Palmeiras, não sabe atacar com ciência e apuro, ainda que o Timão, nesses momentos cruciais, costume surpreender.

Mas, no fundo, no fundo, não serão os pés do jogadores e as táticas adotadas que definirão esses jogos – as partidas, antes mesmo a bola rolar, se desenrolarão nas cabecinhas das moçadas. Quem melhor souber controlá-las tem as maiores chances de se salvar.

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