O Santos venceu bem o time de melhor campanha neste campeonato, aplicando na maior parte do jogo aquele estilo leve de passagem rápida ao ataque, sem ser à base dos chutões tão em voga no nosso futebol. Estilo que faz parte da história santista e que Sampaoli resgatou desde sua chegada `Vila,

Lá pelos anos 30, nos tempos de Camarão, Feitiço e Arakén, o Santos já recebia o título de Campeão da Técnica e da Disciplina por praticar um jogo lúcido e limpo, voltado ao ataque que se consagrou com a marca dos cem gols num campeonato como este.

O signo ficou gravado na alma peixeira e voltaria à cena nos anos 50, pouco antes e até muito depois de Pelé, com pequenos interregnos, como o recente protagonizado pelo técnico Jair Ventura.

Contra o Red Bull, o Peixe não deslizou com aquela presteza das primeiras exibições sob o comando de Sampaoli. Mas, fez o necessário pra vencer por 2 a 0, gols de Sanchez, numa cobrança de falta lá da esquerda, que varou toda a defesa adversária, surpreendendo o goleiro, e de Pituca, já aos 33 do segundo tempo, recebendo boa bola na área.

Aliás, Pituca, um volante-meia que se projeta com ciência a toda hora, já havia marcado um gol no início da partida que acertadamente foi anulado pelo VAR. Se estivesse um passo atrás na hora do lançamento faria o gol da mesma forma.

Preciptation, diria o brasileirinho anarfa louco pra ser colonizado devidamente e entrar na moda.

Dessa forma, o Peixe vai subindo a corrente e está a uma barbatana de chegar lá, embora o jogo da volta, em Campinas, não deverá ser moleza, não.