Não poderia ter sido mais emocionante a decisão da Copinha entre São Paulo e Vasco, os dois times de melhor desempenho ao longo de todo o torneio.

Não porque acabou sendo definido pela cobrança de pênalti, mas, sim, pelo desenrolar da partida.

O São Paulo fez um primeiro tempo irretocável, pressionando com ciência o adversário – um jogo leve, bem tramado, ofensivo -, e chegou ao seu gol, aos 39 minutos, com duas de suas estrelas mais cintilantes: o hábil e incisivo Antony que colocou a bola na cabeça do artilheiro Gabriel Novais, o mesmo que pouco antes fizera uma jogada sensacional, partindo do meio de campo fazendo fila entre os defensores vascaínos até chutar por cima gol feito.

E, logo no começo da segunda fase, aos 8 minutos, coube a Antony, o melhor jogador do torneio, disparado, aproveitar com categoria o passe exato de Rodrigo Nestor, outro destaque do Tricolor, por sua extrema capacidade de armar o time, e ampliou para 2 a 0 o placar.

Pois, foi perder, em sequência, Nestor, Antony e Gabriel Novais, para o São Paulo se desmanchar em campo, do que se aproveitou o Vasco da Gama incorporar o velho timoneiro de quem herdou o nome para assumir o leme da partida. Reduziu pra 2 a 1 em cobrança de falta magnífica de Lucas Santos, aos 31 minutos, e empatou aos 38, com Tiago Reis, o artilheiro da equipe, que matou no peito bola alçada à área, e tocou para as redes: 2 a 2.

Nessas alturas, o Tricolor com tantos beques e volantes, já não tinha força e talento para revirar o placar, e o Vasco, por pouco, não meteu a mão na taça.

Foi perdê-la de vez nas cobranças de pênalti, quando seus jogadores desperdiçaram dois disparos e o Tricolor pôde celebrar com justiça a conquista final.

Vibra a torcida tricolor, pois emenda esse feito à vitória dos marmanjos na véspera, em que, mesmo sem desempenhar um papel prateado, venceu por mais três gols o Novo Horizontino, somando o número cabalístico de 7, nos dois primeiros jogos do Paulistinha.

Momento raro nestes últimos tempos. E motivo de grandes esperanças.