O clássico de Manchester neste domingo foi exemplar no confronto entre os dois conceitos básicos que regem o futebol mundial hoje em dia: aquele que arrisca e aquele que não petisca.
O United jogava em casa e precisaria de uma vitória pra diminuir a espaçosa vantagem do líder City. Já ao City bastaria resistir ao eventual assédio do rival pra sair do Teatro dos Sonhos com a realística liderança. Pressupunha-se, então, que o City entraria fechadinho diante de um adversário sedento de gols, ainda mais insuflado por sua torcida, não é mesmo?
Pois, estamos esquecendo que o City é dirigido por Guardiola e o United por Mourinho, Fosse o inverso, sem dúvida, o cenário seria aquele ditado pelo pragmatismo descrito acima.
Mas, não é o inverso. É o verso. Cheio de rimas ricas do City de Guardiola que impôs seu jogo de cabo a rabo, e saiu de campo com a vitória por 2 a 1, gols de David Silva, Otamendi e Rashford. E a melódia começa no meio de campo, como sempre: enquanto o United se armava por ali com dois volantes e sem nenhum armador de fato, crendo no poder de fogo de seus quatro atacantes, o City foi num clássico 4-3-3, com um volante apenas (Fernandinho) e dois meias hábeis e cerebrais (De Bruyne e David Silva).
Resultado: o City teve pleno domínio das ações no setor, criando várias chances de marcar, enquanto o United se limitava a marcar e dar chutões inúteis pra frente.
E, quando o jogo estava empatado por 1 a 1, na única escapada do United que Rashford aproveitou na furada do beque, o que fez Guardiola? Substituiu seu beque Kompany por um outro meia, o turco Gurdogan, passando seu único volante – Fernandinho – para a zaga. Foi, então, que o City marcou seu gol da vitória.
No final, só depois de Mourinho colocar em campo um autêntico meia-armador, o espanhol Mata, foi que o United criou algumas oportunidades, a maior delas conjurada duas vezes em sequência pelo brasileiro Ederson.
Guardiola está aí há um bom tempo, no Barça, no Bayern e agora no City dando aula do que é verdadeiramente moderno (porque eterno), eficiente e agradável de se ver em campo, mas a classe é meio burrinha, não aprende mesmo.
Guardiola é aquele mágico que tira ouro em pó da cartola, como já dizia o mestre Betinho.
Abços
Guardiola superou 4 níveis:
1. Impor seu jogo na Inglaterra (dito impossivel antes)
2; Impor seu jogo na Inglaterra com resultado (Líder)
3. Impor seu jogo na Inglaterra com resultado historico (14 vitorias seguidas e melhor inico da Historia)
4. Impor seu jogo na Inglaterra com resultado historico numa Premier League mais parelha que antes (agora são seis 6 grandes: Tottehan, chelsea, city, united, arsenal, liverpool… antes era 5, 4, 3)
Qual o proximo nivel que o guardiola irá atingir com seu manchester city?
É o melhor trabalho de guardiola até então, motivos:
1.O Barcelona era historico e com uma series de vantagens: o time já conhecia a filosofia desde a base; tinha uma das melhores duplas de meio de campo de todos os tempos: xavi e iniesta; um gênio Messi.
2. O Bayer, apesar de não ser historico e não possuir nem xavi, nem iniesta e nem messi era um time que sobrava no Alemão. Além disso, Robben, Ribery, Humells, Lawm, Kross, Lewandowski,… era um elenco bem melhor do que o atual City.
3. O city além de não ser um barcelona historico e um bayer excelente em elenco…. joga contra equipes mais estreladas como Unieted e Chelsea.