Romarinho e a espada de São Jorge

Foto: David Ramos

São Jorge galopou pelos ares até baixar sobre os Emirados Árabes e tocar com sua espada mágica a cabeça de Romarinho, um dos seus escudeiros dos tempos do Corinthians. Pois coube a Romarinho levar seu Al Jazira, o time da casa, às quartas de final do Mundial de Clubes cujo pontapé inicial foi dado nesta quarta-feira: aos 36 minutos do primeiro tempo, Romarinho iniciou a jogada pela esquerda, descambou para o meio e meteu um tirombaço de direita, rasteiro, potente, no canto direito do goleiro do Auckland, o representante da Oceania no torneio, que, diga-se, jogou muito mais e perdeu.

Torneio cujo desfecho já está previsto de antemão, como quase sempre: o representante sul-americano contra o europeu. No caso, Grêmio versus Real. Ah, sim, às vezes, pinta uma zebra que exclui da festa final um deles.

Essa zebra pode estar à espreita do Grêmio, caso o mexicano Pachuca cruze o seu caminho na estreia do time brasileiro. Afinal, afora os sul-americanos e os europeus, embora o futebol tenha evoluído muito nos últimos anos em todos os rincões desse mundão afora, os mexicanos costumam sempre ser osso duro de roer. O Pachuca decide essa questão com o Casablanca, que nos remete a Bogart e o diálogo que nunca existiu, embora imortalizado, com o pianista e cantor Dooley Wilson, o Sam – está tudo no plano do possível, mas nem sempre real.

Mas, o Grêmio tá com o moral nos céus, é guerreiro e Imortal, não é mesmo?

E é justamente esse espírito vencedor que pode equiparar a diferença técnica com o atual campeão do mundo, o Real, numa provável decisão. Afinal, o Real, ainda que seguindo em frente na Liga dos Campeões, anda cambaleando como nunca no Campeonato Espanhol, onde o espantoso artilheiro Cristiano Ronaldo não consegue marcar gols nem a pau.

Isso, porém, é pra se ver mais adiante nesse torneio que só começou e que mereceria uma reformulação, incluindo na fase final mais um sul-americano e outro europeu só pra elevar o nível técnico da competição.

Um comentário

  1. Difícil prever algo, Alberto.
    O futebol sempre foi e será a famosa caixinha de surpresas, muito embora os favoritos corram por dentro no certame.
    O grêmio possui um grande time e mostrou isso durante o brasileirão, com seus titulares absolutos.
    Mas, acabou perdendo uma e empatando outra com um time inferior tecnicamente.
    O corinthians mostrou isso, tenha toda a certeza.
    Não conheço as outras equipes, penso logisticamente, claro, em eventual final real e grêmio.
    Se isso acontecer, bom, logisticamente o real deverá sagrar-se campeão. (sorrisos).
    Um forte abraço e saudações.

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