Verdão e Timão, o contraste

Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Neste domingo, o futebol paulistano se desenrolou lá fora. Em Goiânia, o Palmeiras; em Salvador, o Corinthians.

Enquanto a tarde paulistana se deprimia sob um céu cinzento e aquele ventinho frio de hábito nesta virada de estações, em Goiânia, o sol ardente e a alta umidade típica da região, mais a reação do Atlético no campeonato, ameaçavam esse Verdão sob nova direção, com a saída de Cuca e a entrada temporária de Alberto Valentim, enquanto Seu Mano não vem.

A não ser que meu xará consiga um prodígio daqueles até que as coisas se definam no Parque.

E o início foi promissor, pois o Verdão meteu 3 a 1, com direito a várias chances desperdiçadas. E o fez graças, sobretudo, à formação da equipe, com Keno pela direita (nos tempos anteriores, jogava sempre pela esquerda), Willian de centroavante móvel e Dudu, pela esquerda.  No meio de campo, Bruno Henrique, Tchê, Tchê e Moisés.

Dessa forma, o Palmeiras tinha o controle do jogo no meio de campo e era sempre muito veloz e agressivo quando atacava.

Assim, aos 20 minutos, em jogada esperta de Keno, que se livrou de dois e rolou para Willian, sozinho, tocar para as redes. Sozinho, porque um átimo antes Dudu empurrou com as duas mãos o defensor Jonathan, tirando-o da jogada. O juiz deveria ter anulado o lance, marcando falta para o Atlético.

Mas, pelo andar da carruagem, o Verdão não precisava tanto dessa vantagem, pois seguiu dominando a partida e, aos 40, novamente Keno assume a cena, com uma cavadinha inesperada que coloca Moisés na cara do gol: 2 a 0.

E, logo aos 15 do segundo tempo, Dudu, de peixinho, ampliou o placar pra 3 a 0, em jogada bem tramada entre Willian e, novamente, Keno, o melhor do jogo. Pena que ele tenha sido substituído, por lesão, logo após, o que reduziu o poder ofensivo verde, ainda mais com as subsequentes substituições de Moisés e de Willian. Esta última, certamente para Alberto atender a torcida, que pedia Borja, e tentar manter o equilíbrio do grupo.

Pelo sim, pelo não, o Atlético melhorou e chegou ao seu gol de honra, com Walter cobrando com estilo pênalti cometido por Mayke em Jorginho.

Já, noite descendo sobre Salvador de Todos os Santos, o Corinthians foi submetido a uma avassaladora pressão do Bahia durante praticamente todo o primeiro tempo. Basta dizer que, ao longo dos primeiros 30 minutos, o Timão mal conseguiu sair de sua zona de defesa. Período em que, sob o comando de Zé Rafael (que bom jogador é esse, meu!), criou algumas boas oportunidades – numa delas, defesa sensacional de Cássio.

Mas, a melhor de todas na partida, até então, esteve na cabeça de Jô, lá adiante, que o goleiro conjurou, numa das raras escapadas do Corinthians.

Bem que Carille tentou mudar o cenário no decorrer do segundo tempo, colocando em campo Marquinhos Gabriel e Clayson, nos lugares do abúlico Jadson e de Romero. Mas, não houve tempo pra que as substituições surtissem efeito, pois, numa falha de saída de bola de Fagner, na área, Vinicius se aproveitou e abriu a contagem: 1 a 0.

Pra empurrar seu time mais à frente, em busca do empate, Carille trocou o volante Maycon pelo meia Giovanni Augusto. É sempre assim: técnico brasileiro só abre mão da praga dos dois volantes no desespero, quando está perdendo e o tempo escoando.

Por falar em desespero, espie só esse lance. Falta em Marquinhos Gabriel na direita, o que chama o goleiro Cássio para a área baiana. Cobrança inútil, na sequência, contragolpe tricolor que Régis finaliza com o gol aberto: 2 a 0.

Mas, não se desespere amigo da Fiel. Embora o Corinthians deverá cumprir o resto deste segundo turno assim – vence uma, perde outra, empata aquela lá – a faixa já está virtualmente no peito alvinegro.

A não ser, claro, que Santos, Grêmio ou Palmeiras, de repente, sejam ungidos pelo milagre da perfeição daqui até o fim do Brasileirão.

 

9 comentários

  1. Sim, Alberto, acredito no mesmo que escreveu sobre o corinthians, muito irregular neste segundo turno.
    Vamos aguardar um jogo decisivo agora, contra o grêmio, será o grande jogo de seis pontos, como dizem.
    Como corinthiano, espero que o time acerte o jogo e ganhe, desta forma, aliviando a pressão e desconfiança de muitos.
    Futebol é futebol, embora os resultados não sejam tão explicáveis assim, né?
    Grande abraço e saudações.

  2. Se a cabeçada do JO ou o gol perdido do MAIKON tivesse entrado seu comentário serio outro …..o sr esta argumentando debruçado em resultado do placar e nao do que foi o jogo

    1. Se, se,se… É claro que se Jô tivesse marcado aquele gol e se, em consequência disso, o Corinthians tomasse conta do jogo, criando condições para empatar ou vencer, meu comentário teria sido outro. Simplesmente, porque o jogo teria sido outro. Mas, esse jogo não aconteceu, ficou no se… Comentei o jogo que aconteceu, meu, apesar deste ou daquele resultado.
      Abraços

  3. esse carile tem preferencia suspeitas……….Paulo roberto quase nunca é aproveitado, e da lugar para Giovane augusto,

    o carlinhos nem se fala , o marquihos está em melhor fase , mas insiste com jadson. ……ele adora o romero , maycom ,

    e o meio campo perdeu a maestria da triangulações,….tem que treinar linha de fundo , e parar com chuveirões .

    tem que deixar o cassio no banco depois dessa cagada…..

  4. Meu caro Xará,

    O Bahia tem que pagar o bicho para o Fagner e para o Marquinhos Gabriel.
    Já faz um bom tempo que o Jadson esqueceu o que é jogar bola, o Rodriguinho também.
    Anda correndo um boato que a diretoria está atrasada com os salários. Jogador não joga sem grana!
    Se o Corinthians perder para o Gremio dentro de casa, o que não é difícil com essa bolinha que tá jogando, pode dar adeus ao título e se preparar para passar pela vergonha de ter deixado escapar o título mais ganho da história.
    Tomem vergonha na cara, senhores jogadores e honrem essa camisa!

  5. O time do curica é limitado, os resultados do segundo turno respondem isso,e preparem-se pois derrotas piores virão.Mas esse resultado serve para calar a boca de muitos jornalistas torcedores desse time medíocre dos gambás.

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