Dois clássicos nacionais marcam a rodada desta quarta-feira, cada um com suas peculiaridades: Flamengo x Palmeiras e São Paulo e Vasco.
No Rio, o Verdão, sem Guerra e Dracena, dois titulares poupados por Cuca, tenta alcançar o Mengão na tabela, em que ambos, pelo vulto de seus investimentos, deveriam estar dividindo a liderança, que segue ocupada tranquilamente pelo Corinthians. Quer dizer: nem tão tranquila depois do tropeço em casa e da aproximação do Grêmio, que pega o Vitória lá na Bahia de Todos os Santos, dois joguinhos escorregadios justamente pela diferença técnica entre os disputantes – mais um tropeço, e o moral do líder pode começar a sofrer um ligeiro abalo.
Mas, voltando ao clássico dos milhões na Ilha do Urubu (gostei da denominação, sem essa pretensa modernidade de arena pra cá, arena pra lá, e com um sabor bem brasileiro, coisa rara nestes tempos de tanta submissão ao Império): jogo pra mais de metro, sobretudo para o Flamengo, de tantos recursos técnicos não comprovados devidamente ao longo da temporada. Pois, o Palmeiras sempre terá a desculpa de jogar na casa delirante do adversário e tal e cousa e lousa e maripousa.
Nesta era de tantas incertezas, dentro e fora dos campos de futebol, as dúvidas sobre as formações das equipes só são dirimidas quando os jogadores pisam o gramado. Portanto, não se sabe, por exemplo, se Cuca utilizará mesmo Michel Bastos na lateral-esquerda ou não, com a entrada de Zé Roberto no meio, como o técnico sugeriu outro dia.
Sei lá, mas a presença de Michel Bastos mais à frente me parece melhor alternativa, entre outras coisas pelo potente chute de canhota a média distância do jogador. Mas, enfim…
Quanto ao Fla, resta saber se Geuvânio começa mesmo jogando ou não.
De qualquer jeito, espera-se um clássico disputado sob o signo da técnica. Espera-se…
Já o clássico no Morumbi tem outra conotação: é um Vasco, recém saído da Segundona, contra um São Paulo cortejando essa vaga deixada pelos cruz-maltinos outro dia.
O Almirante vem de vento em popa pra quem esteve tão distante das grandes disputas, enquanto o Tricolor arrasta-se nas últimas posições do campeonato, com os nervos à flor da pele.
Dorival Jr. pegou o time há duas semanas e ainda nem mesmo achou a formação titular, esse veneno que vem matando o São Paulo a conta-gotas, desde de a breve passagem de Rogério Ceni. Muitas contratações discutíveis, saídas imprevistas (desde a despedida de Luís Araújo, por exemplo, o São Paulo perdeu toda aquela força ofensiva demonstrada no início da temporada) e tudo o mais minaram ainda mais esse São Paulo que agoniza há dez anos.
A propósito, o amigo José Eugênio Holtz de Almeida, velho tricolor, envia em seu comentário uma escalação do São Paulo de todos os tempos, pedindo minha opinião. Magnífico, meu caro! Mas, como sempre nesses casos, com alguns arranjos indevidos pra que caibam tantos craques históricos juntos numa mesma formação, além daqueles, como Friedenreich, que nenhum de nós vivos chegamos a ver em campo, tampouco em imagens de cinema, e Dario Pereira de lateral-esquerdo pra que caiba o inesquecível Roberto Dias na quarta-zaga.
Bem, prefiro aqui, com a permissão do amigo, escalar meu Tricolor não de todos os tempos, mas aquele que vi em campo desde menino, levando sempre em conta a representatividade desses jogadores no cenário nacional e internacional: Rogério Ceni; Cafu, Mauro Ramos de Oliveira, Dario Pereira e Noronha; Bauer, Zizinho e Gérson; Muller, Leônidas e Canhoteiro.
Mas, foram tantos craques… E, hoje em dia, tão poucos.
Amanhã o Mengão vai detonar esse medíocre time dos porqueiras.
Mengão 3 x 0 , fora o baile!E viva o Mengão, rumo ao heptacampeonato!
Alberto Helena Jr.
Ao internauta urubu OLiveira eu digo como é que ele faz a seguinte conta de como ser hepta se nem hexa é ainda porque em 1987 o campeão brasileiro foi Sport Recife título conformado pela CBF e posteriormente pela Justiça através da mais alta Corte o Supremo Tribunal Federal então aceita que dói menos, com relação ao jogo de hoje o Verdão atropela o Urubu lá naquela arena de rodeio feita de arquibancada de tubulação de alumínio coberta com lona de circo, aqui em São paulo nem time da série A3 chama aquilo de estádio, mais uma vez como foi em 2016 o “Framengo” peida na farofa. Saudações palmeirenses.
Caro Alberto,
O maestro Dino Sani não teria lugar no tricolor que você viu desde menino?
A tal “assistência”que está tão moda,ele criava de montão,fora os gols que sempre fazia.
Abraço.
Hey mestre, e que tal o Corinthians que vos mi cê viu desde menina?
Abços.
Agradeço a atenção deste jornalista e o comentário sobre meu tricolor eterno. O São Paulo da década de 60 por conta da construção do Morumbi, com exceção do Benê (injustiçado na Copa 62) só teve como craque Roberto Dias. Carregou o tricolor “nas costas”, foi o maior marcador do grande Pelé (confissão do próprio) e que ao lado de Carlos Alberto e Djalma Dias poderia ajudar trazer o tricampeonato mundial de 66 para o Brasil. Mas respeito muito sua seleção que tem 90% da minha. Um abração de seu fã.