O Palmeiras, como consequência da gestão Nobre, recuperou-se financeiramente e investiu pra valer na formação de um elenco capaz de disputar, como um dos principais favoritos, todos os torneios que esse calendário maluco da CBF e da Conmebol lhe reservam nesta temp0orada.

Dos quatro principais torneios, dois ganham maior dimensão – a Libertadores e o Brasileirão. Como já ostenta o título de campeão do Brasil do ano passado, a Libertadores passa a ser a grande meta verde.

Mas, no meio do caminho, como um fantasma do passado, ergue-se o tabu de dez anos sem vitórias sobre o São Paulo no Morumbi, amenizado pela lembrança  daquele golaço de cobertura de Alex sobre Rogério Ceni.

Por isso, Cuca prefere controlar o desgaste do time sem tirar-lhe a força total, no centro dessa maratona insana a que nossos times estão submetidos. Volta Felipe Melo e possivelmente entram em campo Rafael Veiga e o beque Juninho, recém-contratado do Coritiba, enquanto cresce a chance de William retomar o posto de Borja, embora o Bigode tenha sido mais eficiente sempre que chamado do banco a atuar durante as partidas do que quando começa.

Já o São Paulo não só precisa manter o tabu, mas, sobretudo, voltar a ser aquele time ofensivo e realizador do início da temporada, pois, se sua defesa é falha, o ataque vale a pena. Ainda mais se Rogério escalar definitivamente o menino Luís Araújo, um dos poucos jogadores do pedaço veloz e que sabe driblar em progressão com extrema facilidade, além de chutar forte e bem a gol.

Todo jogador tem altos e baixos, principalmente um iniciante como Araújo. É preciso dar-lhe estabilidade, confiança, estimular o que tem de melhor e tentar com tino e senso de parceria corrigir seus defeitos. Pra tanto, é essencial que jogue, jogue, jogue, pois é no campo que o cara vai resolvendo seus problemas, do time e do técnico.