O jogo se arrastava aos trancos das tantas faltinhas daqui e dali e aos barrancos das bolas desperdiçadas nos passses mais óbvios.

Ah, sim, Jô e Maycon tiveram ótimas chances – uma no primeiro tempo, conjurada pelo goleiro, outra no segundo, com a bola sendo enviada pra fora.

O técnico Carille, então, estufado de ver seu Corinthians não conseguindo entrar na área inimiga, mandou Marquinhos Gabriel entrar em campo, no lugar de Maycon, claro. Pra que dois volantes lá atrás se eu quero ir pra frente?

Pois, foi Marquinhos Gabriel pisar no gramado para que a primeira jogada em profundidade surgisse assim, ó, do ar leve que o meia soprou sobre o time: aos 30 minutos da etapa complementar, Marquinho dribla um, dois, tabela com Jadson e serve Jô livre e solto na área: 1 a 0.

Daí em diante, foi o esperado: o Vitória, jogando em casa, atirou-se à frente, tentando se aproveitar a juventude da zaga corintiana reforçada com a entrada do menino Léo Santos no lugar de Balbuena, machucado.

E o Timão não só resistiu como ainda esteve a pique de matar o jogo quando, já no finzinho, Rodriguinho deixou Gabriel na cara do gol (Fernando Miguel aparou).

Dessa forma, o Corinthians recuperou lá fora os dois pontos perdidos em casa para a Chape, pois é assim que funciona campeonato por pontos corridos, como o Brasileirão.