Título de Max Verstappen foi justo?

Campeão Max Verstappen instantes após o final da corrida (Foto: AFP/Giuseppe Cacace)

Um dia depois da final arrebatadora da Fórmula 1 em Abu Dhabi a discussão continua nas redes sociais, nas publicações especializadas, nos jornais. No Brasil, na Holanda, na Grã-Bretanha e em todos os países onde a F1 marca forte presença. A vitória de Max agradou a muitos, desagradou aos fãs de Hamilton, provocou críticas e elogios, detalhes do regulamento foram esmiuçados assim como as deliberações das escuderias envolvidas. O denominador comum, entretanto, está claro: a temporada foi apaixonante.

‘Recordes existem para serem quebrados’. A frase é do rei do futebol, Pelé, quando uma de suas incríveis marcas foi superada. Lewis Hamilton, um fenômeno das pistas, teve seu dia depois de vencer sete campeonatos. É o único piloto ‘três dígitos’, depois de superar as 100 poles e as 100 vitórias. Dificilmente será alcançado nos próximos anos se a mudança de regras vingar e mais pilotos entrarem na disputa por títulos mundiais. Contudo não é imbatível.

Os números de Max nesta temporada ratificam o título. Foram 10 vitórias, 10 poles, 18 pódios, maior número de voltas na liderança, etc. Questionar o mérito do piloto da bem afinada equipe Red Bull parece uma tarefa sem sentido.

As teorias de conspiração que passaram a ser compartilhadas após a bandeira quadriculada na noite de Abu Dhabi abarcam até uma suposta contratação de Nicholas Latifi pela Red Bull como ‘retribuição’ pelo acidente que propiciou a vitória de Max. Latifi corre com Williams e motor Mercedes. E, até prova em contrário, seguirá na mesma equipe em 2022. Ou ainda justificam um roteiro pré-estabelecido para a vitória da Red Bull. Há argumentos de sobra na corrida que provam o contrário.

Até quinta-feira saberemos se a Mercedes vai levar à frente uma solicitação para que a FIA admita um julgamento sobre o resultado final da corrida. É pouco provável que seja aceita. Esfriados os ânimos 24 horas depois não surpreenderia se, ‘pelo bem do esporte’, a Mercedes, oito vezes campeã mundial de construtores, desistir da empreitada.

Max Verstappen utilizará o número ‘1’ em seu carro em 2022. À Mercedes caberá reorganizar-se para o próximo campeonato. E que outras escuderias se juntem na busca de vitórias.

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