Desde 2008, quando conquistou seu primeiro título mundial, naquela corrida dramática em Interlagos, Lewis Hamilton venceu seis vezes o GP da Inglaterra de Fórmula 1 em Silverstone: seis vitórias em 12 corridas. Agora terá mais duas provas pela frente neste mesmo circuito, nos dois próximos finais de semana. Se der a lógica, ele aumentará sua vantagem no Mundial de Pilotos. Mas a lógica nem sempre prevalece. GP da Inglaterra, domingo, 10h. Transmissão ao vivo pela TV Globo e BandNews FM com a equipe de Odinei Edson.
As duas corridas iniciais do complicado Mundial 2020 indicavam que serviria para alavancar a Red Bull, correndo em casa. Não vingou. A Mercedes dominou assim como na terceira etapa, no Hungaroring, levantando a suspeita que a vantagem sobre as demais escuderias aumentou entre o final da temporada passada e agora. Talvez a equipe de Toto Wolff tenha acertado mais no trabalho realizado entre os campeonatos de 2019 ou 2020 ou aproveitado melhor o longo período que antecedeu ao começo do Mundial.
De qualquer forma, não dá para colocar em dúvida o favoritismo de Lewis Hamilton. Nessas 12 provas desde 2008, ele só perdeu duas para um piloto que ainda está em atividade: Sebastian Vettel em 2009 com Red Bull e 2018 com Ferrari. Mas a Ferrari 2020 está longe da eficiência que havia em 2018. As outras vitórias fora de pilotos que já não correm: Nico Rosberg, Fernando Alonso e Mark Webber.
Se a Ferrari não reúne, em circunstâncias normais, condições para lutar pela vitória quem poderia ameaçar Hamilton? O primeiro adversário é Valtteri Bottas. Apesar do fiasco na largada do GP da Hungria, é um piloto rápido. Depois aparece Max Verstappen. A Red Bull falhou até agora em oferecer um carro em reais condições de chegar na frente. O Max é capaz. Mas precisa de um carro rápido que responda bem ao seu estilo agressivo. E isso não está ocorrendo. Há ainda a ‘Mercedes Rosa’, de Sergio Perez e Lance Stroll. Mas acho duvidoso atribuir a eles alguma chance de vitória. Só em condições particularmente anormais.
Mas a disputa pelas demais posições promete. Tem a própria Racing Point, a McLaren, quem sabe alguma surpresa da Renault…
A Fórmula 1 confirmou mais três corridas na temporada: Nurburgring (11/10), Portimão (25/10) e Ímola (1/11), chegando a 13 provas em 2020. E, alegando risco com o Covid-19, cancelou as quatro etapas americanas: Canadá, México, Estados Unidos e Brasil. Como o GP Brasil encerraria o atual contrato, a corrida de 2021 terá que ser realizada já sob um novo contrato, cujas negociações continuam. Na Europa, persiste dúvida sobre a presença de público em alguns autódromos. Os organizadores do GP da Itália, em Monza, confirmaram que a prova será disputada com portas fechadas. E há preocupação com uma segunda onda do Covid-19 na Catalunha, onde o GP da Espanha será disputado em agosto. A Turquia se ofereceu para organizar uma das etapas da atual temporada, no circuito de Istambul. Liberty Media tenta garantir, pelo menos, 15 corridas este ano.