Fórmula 1: disputa acirrada à sombra de 2019.

(Foto: Andrej Isakovic/AFP)

A temporada de 2018 não apresentou mudanças na formação das equipes principais. Mas a previsão é que, no ano que vem, as escuderias reformem suas duplas de pilotos. E até o fornecimento de motores. E essa perspectiva já afeta o Mundial deste ano.

A primeira peça a ser movida é a da unidade motriz que estará impulsionando os carros da Red Bull. A previsão é que o assunto esteja resolvido até o final de julho. O que se sabe até agora é que a Renault estaria propensa a não renovar o contrato e concentrar seus esforços na equipe de fábrica e na McLaren. Mas ainda haveria uma brecha para negociação. Caso não dê certo, a única opção do momento para a Red Bull seria contar com os motores Honda que, atualmente, estão equipando os carros da Toro Rosso, seu time ‘B”. A Honda vem evoluindo, ainda sem indícios de que poderia rivalizar com Mercedes e Ferrari no ano que vem. Dessa forma, Daniel Ricciardo, que espera lutar pelo seu primeiro título o mais rápido possível, não permaneceria na Red Bull, desde que se confirme que poderia substituir Kimi Raikkönen na Ferrari ou Valtteri Bottas, na Mercedes.

A Red Bull vem advertindo Max Verstappen seguidamente por conta de suas falhas. A preocupação é pertinente. Se perder Ricciardo terá que apostar todas as fichas em Max. E, para isso, ela quer ver o piloto com mais maturidade. Essa pressão permanecerá até o fim do campeonato. Mas, no campeonato, a Red Bull vai apostar em Ricciardo até o final. Mas não ignora sua possível saída. E já tem um substituto em vista: o francês Pierre Gasly que vem surpreendendo na Toro Rosso e, o mais importante, colaborando com a evolução dos motores Honda.

Na Ferrari e Mercedes, com mais chances de chegar ao título de 2018, a situação é curiosa. Aparentemente nem Sebastian Vettel nem Lewis Hamilton estariam muito propensos a receber Daniel Ricciardo de braços abertos no ano que vem. Lewis se antecipou e tem dito que a formação da equipe Mercedes para 2019 será a mesma e que vê Bottas crescendo muito na F1; Vettel por sua vez assegura que tem feito ótima parceria com Kimi Raikkönen, piloto que considera ‘veloz e eficiente no jogo de equipe”.

Na prática isso significa também que nem Vettel nem Hamilton querem que Ricciardo se destaque muito este ano o que impulsionaria ainda mais uma possível negociação. A conclusão é óbvia: o australiano terá que suar o macacão para voltar a vencer como fez com brilhantismo na corrida de Mônaco.

Outras questões em aberto. A Renault quer trocar um de seus pilotos e parece que já teria um substituto: o belga Stoffel Vandoorne. E Vandoorne que não vê futuro na McLaren enquanto estiver ao lado de Fernando Alonso gostaria de receber o convite. A não ser que Fernando Alonso acabe deixando a F1 no final do ano. Nesse caso, ele optaria por permanecer na McLaren. E, finalmente, a Williams. A equipe que enfrenta grandes dificuldades este ano já cogita um investimento maior no polonês Robert Kubica.

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