Fórmula 1: mais chance para os novos pilotos

Lance Stroll (Foto: Adrian Dennis/AFP)

A Fórmula 1 tem mais mudanças à vista. Uma das preocupações dos novos proprietários da categoria, a Liberty Media, quer criar mais possibilidades para a revelação de pilotos. A superlicença, exigência da FIA, é o documento que atesta o grau de habilidade técnica para dirigir um carro de Fórmula 1. Mas, além disso, os organizadores querem criar mecanismos onde o patrocínio não seja o elemento decisivo e definitivo para a escolha dos pilotos por parte das equipes.

Da geração atual de pilotos, os casos de Lance Stroll e Marcus Ericsson remetem ao patrocínio. Ambos conquistaram as vagas, respectivamente na Williams e Sauber, graças a um – também indispensável – suporte financeiro. Lance, ao longo da temporada de 2017, acabou superando as críticas e demonstrou que também possui talento. Já Marcus Ericsson, que acabou vencendo a disputa com Pascal Wehrlein, ainda não demonstrou ao que veio. Em parte isso também é responsabilidade da equipe cujos carros nos últimos dois anos eram os piores do grid. Agora, em 2018, como equipe ‘B’ da Ferrari, a Sauber deverá ter um carro mais eficiente. Será a oportunidade final para Ericsson, em sua quarta temporada na equipe, que terá ao seu lado o estreante monegasco Charles Leclerc, protegido da Ferrari, campeão da F2 no ano passado com oito poles e sete vitórias.

O que a Liberty Media pretende é criar condições para os pilotos que demonstrarem talento e eficiência nas categorias de acesso, principalmente a F2, tenham de alguma forma a possibilidade de chegar à Fórmula 1.

Esta é uma tomada de posição muito importante para o Brasil que, pela primeira vez em 48 anos, não terá um piloto no grid da principal categoria do automobilismo internacional. Dois pilotos brasileiros estão se credenciando para chegar à Fórmula 1, talvez, nos dois próximos anos: Sette Câmara e Pietro Fittipaldi. Sette Câmara, 19 anos, fará sua segunda temporada da F2 em 2018 por uma equipe de ponta – a Carlin – ao lado inglês Lando Norris, piloto ‘protegido’ da equipe McLaren, estreante na categoria. Já Pietro Fittipaldi, 21 anos, neto de Émerson Fittipaldi, campeão da World Series em 2017, esteve perto de assinar com a Sauber já para este ano mas a negociação não evoluiu. A Fórmula 2 ou a Super Fórmula japonesa são as opções. Mas a F1 é a meta em 2019.

Ainda sobre jovens pilotos, a Haas, única equipe norte-americana, tem sido pressionada a testar jovens pilotos americanos para a categoria. A ideia de um piloto americano na Haas interessa muito à Liberty Media. A Haas disse que está pronta mas ainda não surgiu um piloto americano em condições de pilotar um de seus carros.

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