Como perder um campeonato de F1 em três corridas

(Foto: Kazuhiro Nogi/AFP)

O Mundial de Fórmula 1 2017 passará para a história como um dos campeonatos mais disputados entre dois pilotos – Lewis Hamilton e Sebastian Vettel – até o GP da Itália e como uma equipe – Ferrari – conseguiu, praticamente, perder um título em apenas três corridas. Com uma diferença insignificante após a corrida de Monza – três pontos em favor de Hamilton – a vantagem passou para inesperados 59 pontos, depois de Suzuka. E, dessa forma, abriu para Lewis Hamilton a possibilidade de conquistar o tetracampeonato já no GP dos EUA, dia 22 de outubro, se a diferença subir para 75 pontos.

Já se esperava uma superioridade da Mercedes em Suzuka, no GP do Japão. A equipe teria largado com os dois carros na primeira fila não fosse a punição de cinco posições a Valtteri Bottas pela troca de câmbio. Mas ninguém contaria com a chance de Sebastian Vettel não marcar pontos e nem passar da quinta volta, traído por uma vela da ignição. Principalmente depois de ter enfrentado problemas de motor no treino oficial da Malásia. E foi o que aconteceu. O GP da Japão viu Lewis Hamilton largar na pole e cruzar a linha em primeiro lugar sem qualquer sombra de ameaça. Resultado justo para o piloto mais brilhante e a equipe mais confiável e consistente. Não é por acaso que a Mercedes venceu 10 corridas (8 com Hamilton e 2 com Bottas) contra as quatro da Ferrari (todas de Vettel).

É verdade que Sebastian Vettel, na primeira metade do campeonato, conduziu o carro da Ferrari de forma a compensar no braço as eventuais desvantagens técnicas. Saiu-se bem. E até o GP da Itália manteve-se na liderança do Mundial. A sequência de erros nas três corridas da Ásia minou seu esforço: a largada desastrada em Cingapura (não havia uma estratégia mais firme por parte da equipe?) e as falhas mecânicas na Malásia e Japão. O Mundial de Construtores indica agora uma vantagem de 145 pontos (!) para a Mercedes sobre a Ferrari.

O GP do Japão provou que a Red Bull evolui a cada corrida e poderá se tornar uma das favoritas em 2018. Max Verstappen, recuperando a boa forma do ano passado, fez uma prova irrepreensível e ainda foi escolhido como o “Driver of the Day” pelos internautas de todo o mundo. E marcou a despedida do inexpressivo Jolyon Palmer (Carlos Sainz já defenderá a Renault nos EUA), deixando Pierre Gasly e Daniil Kvyat (de volta) para defender a Toro Rosso nas quatro corridas finais da temporada.

À Ferrari resta a possibilidade de vender caro sua derrota nas próximas corridas, competindo com todas as forças para chegar na frente nas últimas quatro etapas. E isso é urgente já que a diferença entre Vettel e Bottas, agora, é de apenas 13 pontos. A equipe de Maranello reagirá a esta ameaça?

O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 10, 11 e 12 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1.

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