A Ferrari sofre na Malásia. Mas Sebastian Vettel empolga.

Roslan Rahman/AFP

A Ferrari não ajudou seus dois pilotos na Malásia. Sebastian Vettel contou apenas com sua técnica para chegar ao quarto lugar, depois de largar em último no circuito de Sepang. E Kimi Raikkonen, também com problemas de motor (como Vettel no sábado), ficou na largada. Resultado: Lewis Hamilton correu pelos pontos, sem se arriscar, e chegou em 2º, atrás de Max Verstappen. Daniel Ricciardo, sempre ele, cruzou a linha em 3º, completando o pódio. A diferença, agora, entre Hamilton e Vettel passou de 28 para 34 pontos.

É claro que a Vettel fez uma corrida empolgante, saindo do último lugar para terminar em 4º. Mais um pouco e subiria no pódio. Mas, a bem da verdade, ele merece mais os pontos que somou do que a própria equipe. O alemão compensou no braço – e não foi a primeira vez – as deficiências do carro. Não é por acaso que, pela sexta vez este ano, ele conquistou o título de “Driver of the day”, votado pelos internautas, como o melhor do GP. Vettel cravou ainda a melhor volta da prova: 1min34s080 (novo recorde da pista) e foi o primeiro nas marcas de velocidade máxima no circuito, o ‘speed trap’, alcançando 332,9 km/h. Mas só Vettel não segura a equipe. O reflexo disso está no abismo entre a pontuação das escuderias no Mundial de Construtores: 503 para a Mercedes e 385 para a Ferrari.

O bom desempenho das Red Bull já era esperado. A equipe tem um bom currículo na pista da Malásia onde já tinha quatro vitórias nas dez provas anteriores. Repetiu a dose na despedida do circuito da Fórmula 1. A Malásia não estará mais no calendário da categoria partir do próximo ano.

Também já se aguardava alguma dificuldade para os carros da Mercedes que mudaram a configuração ainda no sábado de manhã. Rei de poles – 70 na carreira – Hamilton confirmou a fama. Mas não teve fôlego para segurar Max Verstappen ainda no começo da corrida. Era a chance que a Ferrari precisava para reduzir a diferença em relação à Mercedes. Mas deu-se o contrário.

Max Verstappen, 19 anos, é um piloto arrojado, corajoso e vinha atravessando uma péssima fase este ano, deixando de completar o percurso em sete etapas. A vitória chegou em um bom momento. Pode recuperá-lo de vez para o campeonato.

Na Williams, onde Felipe Massa e a equipe analisam a possibilidade da renovação do contrato ou não, o piloto brasileiro teve um pequeno choque no início e não passou do nono lugar depois de disputa com seu companheiro de equipe, Lance Stroll, que acabou uma posição na frente. No campeonato, Massa tem 33 pontos e Lance 32.

No próximo final de semana é a vez do GP do Japão (2h da madrugada, de Brasília), em Suzuka. E esta é uma pista delicada para a Ferrari que não vence desde 2004 com Michael Schumacher. A Mercedes venceu as três últimas edições da corrida. Em compensação, servindo de alento, Sebastian Vettel, do grid atual da F1, é quem mais vitórias soma no Japão: quatro, todas pela Red Bull.

O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 10, 11 e 12 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1.

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