Ele é polêmico. Divide opiniões. Para muitos, uma forma de garantir justiça em campo. Para outros, justamente o causador de problemas. Goste ou não, o VAR (árbitro assistente de vídeo, na sigla em inglês) agora está entre nós, também no futebol feminino paulista.
O anúncio do uso da tecnologia no Paulistão feminino veio na tarde desta segunda-feira. Junto dele, a data para o estadual começar: 11 de agosto.
Ao todo, 12 equipes se enfrentam na primeira fase, com as quatro melhores avançando às semifinais, em mata-mata. Depois da etapa inicial, o melhor time enfrenta o quarto, enquanto o segundo e terceiro fazem o outro duelo.
O VAR entra em campo apenas na fase final. A torcida é para que o VAR seja usado com sabedoria no Paulista Feminino. Se o futebol é, de alguma forma, um esporte subjetivo, que ele ajude a amenizar os erros da arbitragem em lances mais objetivos e interfira menos no rolar da bola (e nas comemorações de gol, diga-se de passagem).
Em 2020, foi o Corinthians (pra variar, ele) quem levou a melhor no estadual, conquistando o bicampeonato ao vencer a Ferroviária por 5 a 0, na Fonte Luminosa, em Araraquara. Dessa vez, o jogo que define o campeão está programado para acontecer no dia 5 de dezembro. As equipes que ficarem entre a quinta e oitava colocação disputam a Copa Paulista Feminina, com semifinais e final.
Olá Fernanda Silva. Muito se fala em jogadores que superam a barra dos quarenta anos no futebol, mas pouco se fala sobre jogadoras do futebol feminino. É o caso da meio campista Formiga, que aos 43 anos foi contratada agora pelo São Paulo com contrato até o fim de 2022. Formiga, cujo nome é Miraildes Maciel Mota, nascida em Salvador, é uma das grandes jogadoras da história do futebol feminino. A atleta foi 2 vezes medalha de prata nos Jogos Olímpicos em 2004 e 2008, e um 3º lugar na Copa do Mundo de 1999, nos EEUU, e vice campeã na Copa da China em 2007.Formiga está de volta ao São Paulo depois de 21 anos, em reta final de sua carreira. Ela vestiu o manto tricolor de 1997 a 2000, quando a modalidade ainda não tinha a projeção de hoje. Sem dúvida um grande reforço para a equipe feminina tricolor. Parabéns a diretoria do São Paulo pela iniciativa
Bom dia (ou noite), senhorita Fernanda Silva!
Você tocou num ponto interessante. No futebol masculino o VAR foi também introduzido com polêmica. O problema do VAR é que com ele nunca se pode satisfazer Gregos e Troianos ao mesmo tempo. No final ninguém está de acordo com a decisão robótica. Antes da invenção do VAR haviam lindos gols em impedimento, em que o impedimento era tão microscópico, que nem o time que tomava o gol percebia, todo mundo aplaudia e a vida seguia em frente. Agora é meio mundo xingando a cada vez que o VAR é acionado. O futebol perde o encanto com o VAR.
Por falar em encanto, exatamente no futebol feminino não vejo sentido para o VAR. Damas jogam um futebol gracioso, sem violência, sem empurrões, sem faltas propositais. Quando uma mulher comete uma falta, corre para ajudar a vítima a se levantar, se abraçam se desculpam. Nem mesmo impedimento seria necessário no futebol feminino, que é um espetáculo mais visual que atlético. O problema é que os sujeitos que inventam regras nunca viram uma bola ao vivo, eles passam o dia sentados no escritório procurando encontrar meios para justificar os salários enormes que recebem, desde a FIFA até nos clubinhos de ponta de rua.