Nenhum ser humano é capaz…

Foto: Divulgação/Agência Corinthians
A frase é de Sigmund Freud, completa: “Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca cala, falam as pontas dos dedos!”
Será?
Com exceção dos grandes oradores, dificilmente alguém encontra o jeito certo de falar, para tentar evitar uma interpretação equivocada, o que geralmente causa uma guerra entre seres humanos intolerantes e juízes do seu mundinho!
Exemplo: o técnico Tite, em tempos idos, recentes, era tido e havido como o treinador que falava demais. E não havia exagero de outro treinador, Luiz Felipe Scolari, quando comentou: “Tite fala muuuuuito!”
Ora em tom professoral, ora parecendo um psicólogo, ou até mesmo um pastor no púlpito, suas entrevistas coletivas eram cansativas e monótonas, descrevendo às vezes a personalidade dos atletas!  E Tite acabou devolvendo a frase a Felipão, num confronto Palmeiras x Corinthians, quando o técnico do Verdão foi expulso, e saiu fazendo gestos de que estava sendo roubado.
Tite gesticulou que Felipão falava muuuuito!
Coincidentemente, o pastor, psicólogo, professor, foi se policiando e conseguiu reduzir o tom e a quantidade de palavras, e o futebol da Seleção até melhorou!
Mas o inverso também é verdadeiro: se falar demais não é chave para o sucesso, falar de menos também causa prejuízos!
Adriano, o Imperador, demorou pra contar que o início do fim de sua carreira se deu pela morte do pai em 2004, quando ele estava muito bem na Itália, jogando pela Internazionale de Milão…
Todos sabiam da morte de Almir Leite, mas tudo anda tão rápido, que ninguém ligou o fato do futebol de Adriano cair depois do fato… ele se rendeu ao alcoolismo, ia bêbado para os treinos, a Inter escondia, tentando ajudar, mas não conseguiu… só bem depois ele falou do buraco em seu peito que a morte do pai causou… aí já tinha sido criticado, chamado de favelado, e o fim se antecipou.
Hoje pode-se dizer que alguém falou na dose certa: Willian pediu pra sair do Corinthians depois da eliminação na Libertadores diante do Flamengo, não recebe mais seu alto salário, não paga multa pela rescisão de contrato e volta pra Europa! Por que Willian?
“Não consegui jogar aquilo que pretendia e fui muito ameaçado. Não adiantou fazer B.O., tornar públicas as ameaças, a mim, minha mulher e filhas, meu pai e irmã. Melhor ir embora”.
Sensato, tranquilo, sem dramas e máscaras, Willian deixa uma ferida aberta: se os caras (os bandidos que ameaçaram) estão se achando vitoriosos (e estão), o esquema de plantar o terror vai continuar! E aí autoridades competentes?  E aí diretoria corintiana?
Obrigada por falar, Willian!
Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida!
Autor desconhecido

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