Falta romantismo ao futebol

Foto: Rubens Chiri/SPFC

Olá, amantes do futebol!

Olhando para a última rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, nos deparamos com resultados previsíveis, como Palmeiras 2×1 Internacional, e outros nem tanto, como Atllético-mg 1×2  Corinthians… de virada! Olhando pra tabela de classificação, a presença do Fluminense não era esperada em terceiro lugar, talvez o Flamengo.  E cá entre nós, também é surpresa o Timão segundo melhor time do Brasileirão. Por isso, o esporte mais popular do planeta é tão apaixonante.

Mas está fazendo falta um elemento que deixava o futebol mais leve e mais alegre…o romantismo!

Era comum perguntar: onde será o clássico de fim de semana!? Era comum a resposta: no romântico Pacaembu, o velho estadio Paulo Machado de Carvalho. Que hoje está no chão…e ninguém liga!

Olhando para os últimos 3 resultados do São Paulo e vendo 3 empates seguidos, 2×2 com o Fluminense, 3×3 com o Internacional, 3×3 com o Goiás, e lendo sua torcida inconformada, lembrei do melhor jogo do ano no Brasileiro de 1985: Palmeiras 4×4 São Paulo! Teve de tudo naquele dia no velho Pacaembu…pênaltis perdidos (Careca e Reinaldo), gol de placa (Pita) – e que golaço, deixou meia dúzia de jogadores sentados, inclusive o goleiro Emerson Leão, e só não entrou com bola e tudo por humildade…e o gol improvável de Ditinho empatando para o Verdão,que a sua torcida não viu, tinha deixado o estádio…isso era romantismo!

Atletas mais famosos apostavam nos clássicos…quem perdia ficava careca, ou pagava 10 cestas básicas para entidades filantrópicas…isso era romantismo!

Jogadores que abriam mão de jogar na Europa por amor ao seu clube eram raros, mas existiam…Rogerio Ceni, do Tricolor paulista, Marcos do Verdão…

E porque me bateu a saudade?

Foto: Fabio Menotti/SEP

Ver o Douglas Ramos, pai do garoto Hendrick, chorando muito na assinatura do primeiro contrato profissional do filho com o Palmeiras…quanta emoção desse homem simples que veio de Brasilia e não deu certo no São Paulo, mas insistiu e conseguiu que o Palestra ficasse treinando Hendrick, que foi a sensação da Copa São Paulo de Futebol Júnior, campeão, artilheiro, e levou o trofeu de gol mais bonito. E prometeu que só assinaria seu primeiro vinculo com o Palmeiras, e cumpriu, embora houvesse interesse de gigantes da Europa, entre eles o Real Madrid. Será que é romantismo? No mínimo, pode-se dizer que seja lealdade, coisa rara nos tempos atuais…

E viva o futebol romântico…Até!

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