Um grande amigo, já faz algum tempo, nos reportou sua dificuldade em ministrar suas aulas em uma escola pública. A dificuldade era a negociação com os “donos do tráfico na região”. Pois bem, talvez nossos leitores acreditem que este texto não deveria fazer parte do Blog mas, não podemos nos calar quando fatos como os noticiados nesta quinta-feira, 21 de fevereiro de 2018.

Renomado pesquisador brasileiro que dedica sua vida ao estudo do uso e abuso de substâncias nocivas ao organismo humano, entre elas as drogas lícitas (álcool e fumo), foi intimado a depor sob a suspeita (mais do que isso, certamente) de APOLOGIA AO CRIME exatamente por estudar os efeitos da Canabis Sativa. Aos que o intimaram bastaria uma rápida pesquisa no Google para verificar a produção acadêmica mundialmente reconhecida e saber que este professor traz luz sobre o tema, amplia horizontes e aponta caminhos para minimizar os efeitos deletérios do uso/abuso destas substâncias, incluindo a conhecida “maconha”.

Interessante observar que os “agentes do tráfico” entram nos espaços escolares, exigem negociação para que o professor possa continuar suas atividades de ensino, obrigam à submissão de sua lógica e ordem e estão livres, leves e soltos e a estes não há ações coercitivas. Mas, pesquisar a substância, encontrar caminhos e prevenção, isso, isso não pode.

A quadra da escola, espaço de aprendizagem da cultura corporal de movimento, está sendo atacada, também, pelas mazelas da sociedade e sobre com tais inapropriadas e abusivas intromissões.

Para os que desejarem, busquem saber quem é o professor Elisaldo Carlini e forem buscar no Google acadêmico utilizem CARLINI, E.

Aqui vai um link para uma das pesquisas – https://www.scielosp.org/article/rsp/2015.v49/70/