Durante os anos de nossa vivência no âmbito da Educação pudemos observar que as pessoas tendem a relacionar a aula de Educação Física com as práticas dos esportes, sendo marcante a presença dos que são vistos na mídia e com forte tendência ao elitismo das ações mediadoras (metodologias de ensino). Em meio a tantas e inusitadas contradições, muitos de nós nos esquecemos dos aspectos que mais favorecem a aprendizagem, qual seja, a ludicidade. Mas, vamos antecipando que lúdico não é abandonar à própria sorte as crianças e adolescentes. Lúdico não é dar uma bola e ficar na arquibancada observando o nada, ou o não fazer de boa parte dos alunos e alunas.
Em recente leitura tivemos a felicidade de encontrar um texto da professora LUANA ZANOTTO e do professor FERNANDO DONIZETE ALVES publicado na Revista Brasileira de Educação Física Escolar de novembro de 2017, vamos a ele:
“consideramos fundamental o fortalecimento das condutas didático -metodológicas que integram o brincar com a construção dos conhecimentos, iniciando pela Educação Infantil e percorrendo os anos iniciais do Ensino Fundamental. Um caminho possível é elaborar e praticar currículos que articulem as experiências e saberes das crianças às práticas docentes, levando para a escola ações marcadas pelo caráter lúdico e pela sensibilidade e amorosidade da criança”.
Observem que o texto vai para muito além do fazer movimentos, passa pela sensibilidade, amorosidade, criatividade, ludicidade e prazer.
Olá, Prof. Daniel Carreira,
É com grande alegria que percebo o quanto que os processos de ensino-aprendizagem da Educação Física, principalmente na área da Educação Infantil se encaminham para a utilização da ludicidade, por meio de jogos e brincadeiras que estimulem a criatividade, a afetividade e o desenvolvimento de habilidades motoras das crianças.
O significado e relevância das brincadeiras lúdicas, como ressaltado pelo senhor, “não é dar uma bola e ficar na arquibancada observando o nada, ou o não fazer de boa parte dos alunos e alunas”, e sim propor atividades que estimulem a subjetividade das crianças e permitam que elas expressem de maneira livre e espontânea o seu modo de pensar, agir e sentir. Através desses momentos de ludicidade é que elas começam a construir uma consciência de seus corpos no contexto sociocultural em que estão inseridas.
Por isso que eu destaco a necessidade e importância de que os professores de Educação Física estejam preparados para inserirem os aspectos lúdicos durante suas aulas, e que os conteúdos e atividades ministrados atendam as necessidades criativas das crianças, permitindo que estas utilizem a imaginação e fantasia para representar a realidade e experiências vividas no cotidiano.
Olá, Layla
Certamente que a formação coerente, concordante com o desenvolvimento humano e a garantia da liberdade de movimento para favorecer o seu pleno desenvolvimento é uma das nossas principais responsabilidades como docente, e você a terá ou já tem. Correto? Abraços
Olá prof. Daniel.
Concordo plenamente com a professora Luana e o professor Fernando com essa questão de trabalhar com o lúdico no ensino-aprendizagem das crianças, isso é constatado por diversos artigos nessa área, já que é fato que desde o nascimento até a morte estamos vivenciando aprendizados de todas as maneiras, com experiências diversas, mas é na infância, a fase principal de grandes descobertas, que o aprender deve, assim, ser algo mágico, significativo e interessante, e o brincar deve estar presente, não somente como diversão e passa tempo, mas como uma ferramenta que leva ao conhecimento.
Todo habito entra na nossa vida como brincadeira, acrescentando ainda que “aquilo que as crianças mais gostam de fazer é experimentar novas sensações, novas experiências, mexer, tocar, rolar, pular, “fuxicar”, demonstrando uma energia corporal bastante grande que proporciona o contato consigo, com os objetos, com os signos pertencentes ao contexto cultural e a outros com os quais elas vão tomando contato”, por isso que devemos estimular, nessa fase, suas as habilidades motoras fundamentais através de brincadeiras e jogos diversos.
O professor deve trabalhar com aula lúdica, pois ela estimula a crítica, a criatividade, a socialização, sendo, portanto reconhecidos como uma das atividades mais significativas –senão a mais significativa- pelo seu conteúdo pedagógico social. Sendo assim, fazer uso da ludicidade ao ensinar é uma maneira sabia de criar meios alternativos para sair do modo monótono de ensinar. E segundo Dicionário Aurélio, brincar é “divertir-se infantilmente”, o lúdico é “relativo a jogos, brinquedos e divertimentos”; portanto, ao realizar uma atividade lúdica, estamos brincando e aprendendo de forma natural e espontânea, trabalhando o desenvolvimento da criança, juntamente com a sua felicidade, são momentos que ficarão marcados na essência do aluno.
Olá, Professor Daniel.
Concordo plenamente quando o senhor menciona a ludicidade como importante ferramenta nos processos de ensino-aprendizagem. Contemplar o jogo e a brincadeira como princípios norteadores das atividades didático-pedagógicas e como elementos que podem mediar a aprendizagem, é de grande relevância para serem utilizadas pelos professores, principalmente quando se trata da Educação Infantil.
E o trecho citado por você, retirado do texto da Professora Luana Zanotto e do professor Fernando Donizete, é muito feliz quando menciona a importância do lúdico pelo aspecto sensível e amoroso, enfatizado nas ações que estão inclusos o jogo e a brincadeira, além de proporcionar prazer e descoberta para as crianças e, como dito no comentário acima da colega Layla Maciel, reflete as experiências socioculturais vivenciadas por elas.
Assim, termino o comentário enfatizando justamente a importância da dimensão lúdica se fazer presente nas práticas pedagógicas dos professores da Educação Infantil, como meio de oferecer um desenvolvimento pleno, ou ao menos adequado, das habilidades motoras nas crianças, de maneira prazerosa, sensível e amorosa.
Oi, prof Daniel Carreira,
Realmente é fundamental ressaltar que a educação lúdica está muito distante da concepção de um passatempo ingênuo ou uma diversão superficial, e na verdade é um dos fatores mais importantes no processo de ensino-aprendizagem, principalmente na educação infantil, em que é desenvolvimento o aspecto motor, cognitivo e afetivo da criança. Entendemos que o lúdico é uma das maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas atividades, pois com ele a criança se empresta, analisa, critica e transforma a realidade, por meio das descobertas e da criatividade.
Dessa forma, acredito que o professor deve buscar metodologias que tenham significado e deem prazer aos alunos, isso deve ser feito por meio de jogos e brincadeiras, envolvendo sempre o brincar em seus projetos educativos e considerando as experiências que os alunos trazem.
Oi, Prof. Daniel Carreira,
Realmente é fundamental ressaltar que a educação lúdica está muito distante da concepção de um passatempo ingênuo ou uma diversão superficial, e na verdade é um dos fatores mais importantes no processo de ensino-aprendizagem, principalmente na educação infantil, em que é desenvolvido o aspecto motor, cognitivo e afetivo da criança. Entendemos que o lúdico é uma das maneiras mais eficazes de envolver o aluno nas atividades, pois com ele a criança se expressa, analisa, critica e transforma a realidade, por meio das descobertas e da criatividade. Dessa forma, acredito que o professor deve buscar metodologias que tenham significado e deem prazer aos alunos, e isso deve ser feito por meio de jogos e brincadeiras, envolvendo sempre o brincar em seus projetos educativos e considerando as experiências que os alunos trazem.
Acredito que por muitas vezes o lúdico é subestimado ou mal interpretado ( levando à confusão do que são atividades lúdicas) pelos equívocos em seu entendimento como conceito. A desvalorização do potencial social e criador do lúdico em um sociedade que privilegia a produção e o trabalho (ainda somos sim escravos de muito da cultura industrial) dificulta o entendimento do aspecto sério, porém prazeroso, livre e criativo, porém formativo desse fenômeno que faz parte da construção do entendimento de mundo do homem e é intrínseco ao seu desenvolvimento social. Entender que a criança forma sua visão de mundo pelo brincar, pela ludicidade, e que nós como profissionais somos formados com as ferramentas de interpretação, conceituação e organização desse conhecimento, nos trás sim grandes responsabilidades, porém também a resistência de muitos em entender a ludicidade em seu real conceito e aplicá-la em sua potencialidade.
Acredito que a grande confusão se dá pelo não entendimento do próprio conceito de ludicidade, a desvalorização de tudo que não é trabalho e relacionado a uma produtividade catalogável, faz com que as atividades lúdicas não sejam reconhecidas em seu aspecto sério, porém prazeroso, livre e criativo, porém formativo, como fenômeno intrinseco ao homem, sua forma de conhecer o mundo e relacionar-se com ele, principalmente na infância, Nós como profissionais que interpretamos, conceituamos e organizamos práticas relacionadas ao lúdico temos um compromisso e uma responsabilidade com a formação humana, que é negligenciada com a redução e mal interpretação do conceito de ludicidade.
Olá. Prof. Daniel Carreira Filho.
Com certeza, a ludicidade criativa ela é bastante importante para o processo de aprendizagem como citado pelo senhor ´”em meio a tantas e inusitadas contradições, muitos de nós nos esquecemos dos aspectos que mais favorecem a aprendizagem, qual seja, a ludicidade.”. A ludicidade além disso professor Daniel, facilita a aprendizagem, desenvolve o individuo no aspecto pessoal, social e cultural, prepara para um estado interior fértil além de colaborar para uma boa saúde mental, fazendo com que os alunos encontre na escola um ambiente prazeroso, descontraído e de satisfação pessoal. Com tais razões professor, nota-se a importância da ludicidade criativa em nossas aulas de educação física.
Olá, Prof. Daniel Carreira,
É muito importante o papel da ludicidade no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem da Educação Infantil. A ludicidade permite um desenvolvimento integral, uma vez que se torna fundamental para o desenvolvimento psicossocial equilibrado do ser humano. Através desse tipo de aprendizado as crianças podem experienciar, se expressar, analisar, relacionar e criar novos significados, transformando a realidade.
Os professores de Educação Física então, podem se tornar peças fundamentais para nesse processo, pois com o desenvolvimento de aulas mais práticas é possível estimular através de muitas atividades a fantasia e a imaginação, desenvolvendo habilidades motoras, coordenativas (…) de forma mais divertida e prazerosa para as crianças, além de tornar o processo de socialização infantil mais fácil.
A leitura do seu texto, professor Daniel Carreira, me remeteu a um especifico momento de minha graduação em educação física, onde certa vez um professor da faculdade me falou o quão era importante conseguir chegar na criança para assim poder guiá-la nas aulas de educação física. Naquele atual momento, eu, demasiadamente jovem e inexperiente, não entendi a tamanha inteligência daquelas palavras, mas depois desse dia, e com inúmeras oportunidades de reflexão, compreendi que não temos um aluno fracionado, mas sim completo, sendo de suma importância compreender e abordar a criança pela sua completude: ninguém aprende quando se está chateado ou com raiva do professor ou cansando ou isso ou aquilo, ou seja, há mais fatores contra o processo de aprendizagem do que a favor dele e saber a abordagem certa, seja ela transitando entre a metodologia conteudista e a ludicidade, é crucial para o aprendizado do aluno. No caso específico da infância a ludicidade se faz mais necessária do que o conteúdo, visto que a profissão da criança é o brincar e isto deve ser levado a sério.
Concordo também com sua visão de ser possível ter criatividade lúdica e principalmente que um professor de educação física não deve limitar-se a monocultura esportiva ditada pela mídia, assim espera-se que um professor de educação física possa passar pelas áreas da cultura corporal do movimento e principalmente não tratar a criança ou aluno como uma tabula rasa. Fazendo-se assim um ajuste fino do conhecimento prévio do aluno, uma média de nivelamento da turma e o objetivo a ser alcançado em sala de aula.
Saudações, Prof. Daniel
Sem dúvidas, O princípio da vida de uma criança é fundamental na sua formação. É uma fase em que ela está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, socioafetiva e intelectual. Este período é importante pois se deve adotar estratégias capazes de intervir de maneira positiva na área de desenvolvimento de diversas competências. Sendo nesse momento que entra o papel dos profissionais podendo utilizar das atividades lúdicas, que podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que permita uma situação de interatividade usando imaginação usando divertimento e prazer na prática.. As crianças se atraem pelo que é coletivo e cooperativo fazendo assim uma atividade perfeita pra maior absorção de conhecimento e interação social. Quanto mais se amplia a realidade externa da criança mais ela tem necessidade de uma organização interna ágil e coerente, afim de arquivar suas experiencias e utiliza-las de modo adequado no momento presente. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita o aprendizado,do desenvolvimento pessoal, social, cultural e colabora para boa saúde mental e física.
Olá, é interessante sabermos que a prática pedagógica aplicada através da ludicidade é uma boa maneira de proporcionar, principalmente a criança, o aprendizado dentro da perspectiva do brincar e da brincadeira, principalmente quando ela está inserida dentro de uma atividade programada por um profissional competente pois, o currículo precisa apresentar diferentes linguagens e múltiplas formas de expressão que podem ser vividas e percebidas pela criança através da atividade lúdica.
Olá, é interessante saber que a prática pedagógica aplicada através da ludicidade é uma boa maneira de proporcionar, principalmente a criança, o aprendizado dentro da perspectiva do brincar e da brincadeira, principalmente quando ela está inserida dentro de uma atividade programada por um profissional competente pois, o currículo precisa apresentar diferentes linguagens, múltiplas formas de expressão que podem ser vividas e percebidas pela criança através de atividades lúdicas.
Professor Daniel parabéns pela reflexão,
Precisamos valorizar o conhecimento prévio das crianças em todos os estágios do aprendizado utilizando atividades lúdicas, pois, estas atividades não são apenas uma forma de entretenimento para gastar as energias e sim, meios que contribuem e enriquecem seu desenvolvimento intelectual e desenvolvimento psicomotor e psico social proporcionando a socialização e contribuindo em sua vida afetiva.
Professor Daniel parabéns pela reflexão,
Precisamos valorizar o conhecimento prévio das crianças em todos os estágios do aprendizado utilizando atividades lúdicas, pois, estas atividades não são apenas uma forma de entretenimento para gastar as energias e sim, meios que contribuem e enriquecem seu desenvolvimento intelectual e desenvolvimento psicomotor e psico social proporcionando a socialização e contribuindo em sua vida afetiva
Olá professor Daniel, concordo com seu texto, acredito que o lúdico é de fundamental importância no processo de ensino aprendizagem principalmente na primeira infância, e o profissional de educação física precisa estar preparado para elucidar seus conhecimentos de forma criativa, amorosa e com sensibilidade como você ressaltou em seu texto. Durante todo o processo de escolarização se vê necessário o uso da ludicidade pelo professor de educação física, através de jogos e brincadeiras que podem favorecer o professor em sua prática profissional, respeitando as características do ambiente e os currículos da educação física dentro do universo da escola.
A prática esportiva e a Educação Física são, por muitas vezes, tidas como sinônimas e a abrangência desta última é ocultada. Esse fato nas escolas acaba por discriminar aqueles que não possuem um perfil atlético, tornando-os sedentários e não permitindo que a Educação Física promova todos os seus benefícios no público escolar. Falando do público infantil, percebemos como é importante trabalhar os aspectos físicos, sociais e psicológicos através da atividade física orientada e permeada por ludicidade, que é um termo bem conhecido, mas pouco entendido. Jogos e brincadeiras que levem em consideração as experiências e saberes das crianças permitem a construção do conhecimento do aluno sobre si mesmo, sobre os outros e sobre seu meio, proporcionando o que foi destacado na publicação: sensibilidade, amorosidade, criatividade, ludicidade e prazer – características que devem ser incentivadas e estimuladas.
As vezes é difícil definir o Lúdico, pois ele está envolto de muitos significados, e há uma boa quantidade de produções acadêmicas que constroem a ideia de ludicidade, e que me parece ser um estado, e uma formada de caminhar, que está relacionada a brincar, recrear, jogar, lazer, brinquedo, subjetividade. No entanto, ainda há, posicionamentos que colocam a ludicidade na escola num lugar de ausência de intervenção pedagógica, e pelo contrário, a ludicidade é um caminho de aproximação do universo da criança, e também, do adolescente, e fruição nas aulas de Educação Física. Isso ficou ainda mais claro, na experiência do PIBID, onde duas estudantes do 9° ano afirmaram gostar mais das “aulas com brincadeiras, porque a gente aprende mais e todos podem participar”, inclusive os estudantes do ensino médio noturno (turmas de adultos entre 20 – 40 anos) pediam para repetir as aulas com esse perfil, uma das atividades queridinhas era o “voleibol de lençol”. E discutir esse tema da ludicidade é importante para pensarmos se queremos um modelo de repetição em série, ou caminhar para construção de um processo de ensino e aprendizagem que envolva todos os alunos, que eles se sintam capazes, tenham prazer e sejam desafiados a cada aula.