Jovens manifestam-se sobre a corporeidade (II)

A dor de um sonho

 

Quando unimos a família inteira ao redor da televisão em uma tarde, o esporte faz com que tanto o rico quanto o pobre, o asiático ou o americano desfrutem do mesmo sentimento indescritível de ser torcedor. Porém, muitas vezes, nos esquecemos de quanto cada atleta sofreu para chegar ao nível de ser um ídolo. Ou de quantos sofrem por não terem realizado seus sonhos.

Alguns atletas antes de chegarem ao Esporte de alto nível, sofrem com o machismo, racismo ou qualquer outro tipo de discriminação. Uma mulher não pode praticar algum tipo de luta, pois é um esporte “masculino”. O homem que pratica ginástica é taxado de homossexual. E o negro precisa, necessariamente, jogar basquete.

As mulheres lutam, diariamente, para que consigam se encaixar na sociedade. Entretanto, muitas são encaminhadas desde cedo ao machismo, sendo às vezes iniciado dentro de casa. Um pai, conservador, fanático por um time de futebol têm dois filhos. Sua filha sonha em ser jogadora de futebol e o garoto não é fanático pelo time do pai. O próprio pai critica a jovem e tenta fazer com que seu filho não goste do time de “gays”. Tendo como conclusão a dúvida da sexualidade dos filhos sem motivo.

Dificilmente, vemos algum tipo de punição ao infrator de injúria racista cometida no Brasil. É triste. Um atleta batalhar para chegar ao topo e ser impedido pelo preconceito. E mesmo quando chega, ainda jogam bananas no campo para evidenciar que você não deveria estar ali.

São com esses atos preconceituosos que os atletas lidam todos os dias. A necessidade de realizar seus sonhos, os fazem apelar, sob influência do técnico, para péssimos caminhos como o uso de anabolizantes.

Não existe jogo limpo no esporte de alto nível. Apenas, há profissionais que calculam o período em que o esteróide sairá de seu corpo o que faz os atletas não serem pegos no teste Antidoping. O problema é que esses atletas desconhecem de seus danos futuros que os levam até a perda da vida…

O esporte deveria trazer a cultura corporal de modo que unisse as pessoas ao ponto de esquecermos a religião, etnia, gênero ou sexo. Infelizmente, ele nos traz variedades de sentimentos. Que vão da água ao vinho, da paz ao conflito, da felicidade à dor…

Texto de autoria de RAPHAELA MARQUES DOS ANJOS

 

 

Daniel Carreira Filho

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