Em férias escolares nossos filhos e netos encontram alternativas para o desenvolvimento de suas habilidades corporais? Apresentaiam eles e elas habilidades para interagir com outras crianças em situações distintas das vividas nas práticas esportivas da escola? Estariam preparados para os desafios naturais da vida em espaços livres, desafiadores e distantes dos esportes?
Se pensarmos que a experiência escolar deve nos habilitar para a vida em sociedade, nos capacitar para solucionar problemas, incluindo os motores, superar barreiras e buscar alternativas, como imaginam ser a função da Educação Física Escolar?
Temos plena consciência de que a modernidade e a tecnologia ainda não conquistaram promover a mobilidade humana, evitar o sedentarismo, favorecer o pleno domínio da corporeidade, embora algumas iniciativas nesta direção estão surgindo. Os jogos incorporam, gradativamente, o movimento humano como solução para os desafios.
Existem inúmeros trabalhos, entre eles do grupo de estudos da professora Gisele Maria Schawartz, da UNESP, que aproximam as práticas dos jogos eletrônicos das aulas de Educação Física Escolar.
Podemos pensar em transgredir, superar barreiras e inovar. Certamente que sim, não é?
Aqui no Japão, a prática esportiva nas escolas é bem desenvolvida. Mesmo nas férias os alunos vão para as escolas treinarem o esporte que escolheram fazer. As quadras, campos e piscinas ficam lotadas com os alunos que deveriam estar de férias. O inconveniente é que a vida dos garotos passa a ser somente escola, e nada mais.
Nenhuma viagem diferente, nenhum integração com vizinhos que frequentas outros estabelecimentos de ensino. Num país tecnológico como o Japão, nas escolas e nas férias tudo é como antigamente.
Prezado Edison
Realizamos estágio no Japão e conhecemos a educação em todos os níveis, desde a pré-escola.
A Educação Física Escolar não pode, em nosso entendimento, ser confundida com as demais atividades que são ofertadas pela espaço escolar.
A Educação Física curricular, que é para todos, tem suas finalidades e suas formas. O que fazem no Japão, e pela sua mensagem por ai está, é altamente positivo.
Todas as atividades da comunidade perpassam a escola, enquanto ambiente de concentração e atenção a todos e todas. E não apenas para a Educação Física ou Esporte. Atinge muito mais do que esta limitada possibilidade. A escola cumpre sua função social. Ao contrário do que ocorre no Brasil em que as escolas sofrem de imobilismo social. Em alguns casos a direção impede que a escola seja, de fato, um ambiente da comunidade em prol de seus objetivos, desejos e necessidades. Certamente, há muitos programas que tentam superar estas dificuldade culturais pelas quais passamos. Felizmente, há caminhos que são trilhados por profissionais competentes e socialmente responsáveis. Muito bom seu comentário. Abraços. Domo arigatô.